
Belém - Ocorreu na noite desta quarta-feira, 16, a procissão de Traslado da Imagem do Senhor dos Passos, com saída da Igreja da Sé, na Cidade Velha, em direção à Basílica Santuário de Nazaré, no bairro de Nazaré. Antes, uma missa de envio foi celebrada pelo monsenhor Agostinho Cruz, vigário-geral da Arquidiocese de Belém.
Reflexões e Homenagens na Semana Santa
Dezenas de fiéis acompanharam a procissão, que seguiu por diversas ruas do centro de Belém. “Sempre essa Páscoa é mais reflexiva. É mais de reconhecer algo no ser humano cristão. Tem que acreditar que existe um Deus, que existe uma fé inabalável no Cristo. Ele sofreu por nós, se sacrificou, deu a vida. E muitos cristãos têm essa leitura. A verdadeira Semana Santa é a morte e a ressurreição de Cristo”, opina Keyla Marques, 49, administradora. “É um momento, para mim, bem marcante, porque foi um período em que perdi meu esposo. E isso marca muita coisa na minha vida. Então, esse período é marcante porque me traz lembranças”, acrescenta a administradora, que vai homenagear o ente querido neste feriado.
Aguardando desde cedo na Praça Frei Caetano Brandão para sair em procissão, estava a professora Shirlen Carvalho, 48. “Esse evento marca o início da Páscoa. É um evento que nos traz muita reflexão. Nós levamos o Senhor dos Passos para a Basílica em momento de oração e reflexão sobre tudo o que Jesus passou, todo o calvário que Ele enfrentou antes da ressurreição. Acredito que isso é muito importante para nós, católicos, porque nos faz buscar o verdadeiro sentido do que vivenciamos durante a Quaresma”.
O Tríduo Pascal e a Paixão de Cristo
A imagem do Senhor dos Passos ficará na Basílica até a Sexta-Feira da Paixão, quando sairá em procissão para a Igreja de Nossa Senhora das Mercês, local em que ocorre, às 10h, o encontro com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Flávio Américo, diretor do Círio de Nazaré, esteve presente representando a Diretoria da Festa. “Essa procissão translada o Senhor dos Passos em direção à Basílica e praticamente abre o Tríduo Pascal. Hoje é o momento mais importante do ano litúrgico, é o ápice da nossa fé, que é a paixão, morte e ressurreição de Cristo”, aponta.