
Belém e Pará - Pesquisas realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA) mostram que os preços dos alimentos básicos continuam em alta, pressionando ainda mais o já apertado orçamento das famílias paraenses. Segundo a pesquisa do departamento, no mês passado, a cesta básica de alimentos comercializada na capital ficou mais cara, custando R$ 726,21. Esse valor compromete mais da metade do atual salário mínimo de R$ 1.518,00.
O balanço das pesquisas realizadas pelo Dieese/PA também indica que, nos quatro primeiros meses deste ano, a maioria dos 12 produtos básicos que compõem a cesta de alimentos dos paraenses apresentou aumento de preço. Entre eles, destaca-se o tomate, que acumulou a maior alta no período analisado.
O DIEESE/PA realiza pesquisas semanais sobre os preços do quilo do tomate, consumido pela população e vendido em feiras livres e supermercados da capital.
Evolução dos preços médios do produto
Nos últimos meses, o produto apresentou variações significativas em seu preço médio. Confira a trajetória:
- Abril/2024: R$ 10,24
- Dezembro/2024: R$ 7,24
- Janeiro/2025: R$ 8,15
- Fevereiro/2025: R$ 8,72
- Março/2025: R$ 9,18
- Abril/2025: R$ 10,61
A sequência revela uma queda expressiva entre abril e dezembro de 2024, seguida de uma recuperação constante nos meses seguintes, culminando em abril de 2025 com o maior preço registrado no período analisado.
Como se pode observar, o preço médio do quilo do tomate ficou cerca de 15,58% mais caro em abril de 2025 em relação ao mês anterior, março de 2025. Já no acumulado dos quatro primeiros meses do ano (janeiro a abril de 2025), o tomate teve alta de 46,55%. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de 3,61%.
Nos últimos dois meses, segundo o balanço nacional, o preço médio do tomate aumentou na maioria das capitais pesquisadas pelo DIEESE. Entre os fatores que contribuíram para essa alta estão as chuvas, que dificultaram a colheita, e o clima mais ameno nas regiões produtoras, que desacelerou o ritmo de maturação dos frutos. Com a menor oferta, os preços do varejo subiram.