PAPÃO UNIVERSAL

#TBT de respeito: quando o Paysandu surpreendeu o continente e virou notícia no mundo

A quinta-feira é dia de relembrar grandes histórias, e poucas são tão simbólicas para o futebol paraense quanto a campanha que projetou o Paysandu ao cenário internacional em 2003.

A quinta-feira é dia de relembrar grandes histórias, e poucas são tão simbólicas para o futebol paraense quanto a campanha que projetou o Paysandu ao cenário internacional em 2003.
A quinta-feira é dia de relembrar grandes histórias, e poucas são tão simbólicas para o futebol paraense quanto a campanha que projetou o Paysandu ao cenário internacional em 2003. Foto: Daniel Garcia/AFP

A quinta-feira é dia de relembrar grandes histórias, e poucas são tão simbólicas para o futebol paraense quanto a campanha que projetou o Paysandu ao cenário internacional em 2003. Num tempo em que o Bicolor ainda tenta se reerguer dentro da Série B e busca forças para deixar o Z-4, vale recordar o ano em que o Papão colocou o Pará no mapa do futebol sul-americano e na vitrine do mundo. Um feito tão improvável quanto inesquecível, que começou com a surpreendente conquista da Copa dos Campeões e culminou numa das melhores estreias de um clube brasileiro na história da Libertadores da América.

Na competição continental, o Paysandu não apenas participou como dominou. Em cinco jogos, foram quatro vitórias e um empate, desempenho que lhe garantiu um aproveitamento de 90%, até hoje o maior já registrado por um clube brasileiro na fase de grupos da Libertadores. A campanha teve vitórias marcantes sobre Universidad Católica, Sporting Cristal e a histórica goleada por 6 a 2 sobre o Cerro Porteño, em pleno Paraguai. O impacto foi tamanho que o clube subiu, de uma só vez, 235 posições no ranking da IFFHS, saindo da 416ª para a 181ª colocação. Naquele momento, nenhum clube do planeta vivia uma ascensão tão expressiva.

O Inesquecível Ano de 2003

Vanderson, um dos protagonistas daquele elenco, guarda com orgulho a lembrança do feito. Mas sua fala vai além da nostalgia: revela o desejo de ver novamente um clube nortista entre os grandes do continente. “Acho que nem o torcedor mais fiel imaginava aquilo. Foi um sonho realizado, não só meu, mas de toda a torcida. Representamos nosso estado, nosso clube, nosso povo. E eu ainda sonho em ver Remo ou Paysandu de volta à Libertadores. Para isso, é preciso estrutura, base e acreditar nos jogadores locais, que têm muita qualidade”, afirma. A confiança daquele grupo, segundo ele, foi essencial para derrubar barreiras e provar que era possível ir além.

Duas décadas depois, a Libertadores parece um horizonte mais distante, mas não inalcançável. Em um cenário onde a competitividade e os investimentos se concentram cada vez mais no eixo Sul-Sudeste, o feito do Paysandu em 2003 soa ainda mais especial. E é justamente por isso que deve ser lembrado para inspirar. Porque se um dia o clube subiu mais de 200 posições no ranking mundial, bateu de frente com gigantes do continente e levou a bandeira do Pará aos quatro cantos do futebol, nada impede que, com planejamento e responsabilidade, a história volte a se repetir.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.