Em Belém, cidade do calor úmido e chuvas repentinas, as sombrinhas são acessórios indispensáveis para a população. Dos modelos tradicionais de tecido estampado às versões modernas com proteção UV, pessoas de todas as idades carregam suas sombrinhas como escudo contra o clima amazônico bastante instável. Por isso, trabalhadores ambulantes mantêm um extenso estoque de vários tamanhos, cores, funcionalidade e preços.
Conforme o ambulante Marcelo Aviz, de 40 anos, a venda de sombrinhas é muito maior no período chuvoso em relação ao verão. Entre novembro até maio de cada ano, sombrinhas e guarda-chuvas de tamanho grande e com uma boa qualidade do material são os mais procurados pelos consumidores. Mesmo assim, o movimento é bastante instável e depende diretamente da intensidade das chuvas ou do sol para vender em maior quantidade.
“Tem dias que sai legal, tem dias que é mais ou menos, mas nós vamos vendendo. No começo do mês a gente vende bastante, já na terceira semana a venda já cai. Quando chove bastante é que o pessoal mais vem aqui comprar. Sai mais desse modelo mais compacto, mas com material resistente, que é para aguentar a quantidade de água e caber na bolsa. Essas estão no valor de trinta reais, mas tem de R$28 e umas menores, que saem mais no verão porque são mais frágeis”, revelou.
O autônomo Silvio Pimentel, 52, trabalha com a venda de sombrinhas e guarda-chuvas há pelo menos 12 anos, das seis às dez da manhã. Devido ao aquecimento das vendas entre os meses de dezembro a abril, período de chuva forte em Belém, ele conta com um estoque diversificado para atender às preferências dos consumidores.
“Quando a chuva vem melhora bastante a nossa venda, em dias que não dá chuva nem sol, a saída é baixa. Aqui os preços vão de vinte a quarenta reais. As mais simples são de vinte, e as maiores são mais caras. Se levar três sombrinhas, a gente ainda consegue fazer um desconto”.
Nas ruas de Belém é comum ver pessoas sempre com a sombrinha a postos, seja nas mãos, embaixo do braço ou na mochila. A estudante Silene Figueira, 27, diz que, faça chuva ou faça sol, sempre costuma andar com a sombrinha na bolsa. “Sempre compro da menor que é para caber na bolsa, é mais pequenina, compacta e não ocupa muito espaço. Em Belém, se andar sem sombrinha já sabe que vai se molhar”, afirmou.
As sombrinhas também são parceiras de Ana Cláudia Valente, 50, que possui de vários tamanhos e modelos. “Sempre saio de sombrinha, na chuva, no sol e até em dias mais tranquilos. Eu vou para todos os lugares, para a feira, farmácia, supermercado, por onde eu vou eu levo. Por isso ela tem que ser bem pequenininha, mas eu tenho de outros tamanhos, que é para eu não me molhar. Quando chega essa época do ano, se eu não tiver uma boa, eu já compro uma nova”, contou.