Frequentadores do Aeroporto Internacional de Belém estão se acostumando com outros sons além do provocado pelo vaivém dos aviões, o barulho das obras, cortesia das reformas que movimentam dezenas de operários e maquinário durante todo o dia -e ele vem acompanhado de poeira e muito calor.
A ampliação faz parte do planejamento para ajudar na logística de chegada de visitantes e autoridades para a COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontecem em novembro na capital paraense.
“Estamos conduzindo a maior transformação da história do aeroporto. Para isso, a Norte da Amazônia Airports (NOA) está investindo recursos próprios, da ordem de R$ 450 milhões, em intervenções que vão elevar significativamente a qualidade e a capacidade de atendimento, além de promover melhorias estruturais em segurança e eficiência operacional”, afirmou à reportagem, Marco Antônio Migliorini, diretor-presidente da concessionária.
As obras no aeroporto devem ser concluídas no fim de agosto, diz a empresa.
Apesar de afirmar que o aeroporto já tinha condições de absorver os voos extras para a COP30, Migliorini diz que a capacidade será qualificada. “Nossas intervenções fortalecem a estrutura, com a construção de um novo pátio para estacionamento de aeronaves e a requalificação das pistas, taxiways e sistemas de apoio à precisão das operações.”
Entre essas intervenções está a quase triplicação da área de embarque nacional e internacional, com a criação de dois novos mezaninos no saguão principal e a disponibilização de sistema de climatização e mais uma praça de alimentação. “Neste momento, os passageiros já podem usufruir da nova sala de embarque remota, ampliada em 214%.”
No saguão principal do espaço, a área pública será aumentada em aproximadamente 20% e completamente remodelada para otimizar o fluxo de passageiros. O local também receberá novos conjuntos de sanitários, mais modernos e acessíveis, que contarão com espaços para família, fraldários e amamentação.
Migliorini destaca que o projeto também prioriza o uso sustentável de energia, “com foco no futuro do planeta e na posição estratégica do Aeroporto Internacional de Belém como um importante vetor para discussões sobre mudanças climáticas.”
“Um dos investimentos mais relevantes nesse eixo, já em pleno funcionamento, é o abastecimento de 100% das operações com fontes de energia renovável”, avisa o executivo.
Já a parte de iluminação está sendo totalmente substituída, com prioridade para luminárias de LED de alto rendimento, com capacidade de regulação nas áreas que contam com mais incidência de luz natural.
AUGUSTO PINHEIRO