IMPACTO

Queimadas em Mosqueiro aumentam casos de doenças respiratórias

Mosqueiro: incêndio florestal controlado, mas cuidados com a saúde continuam. Veja as medidas tomadas pela prefeitura.

Belém Pará Brasil Cidades. Comunidades de mosqueiro sofrem com incêndios e perdem plantações inteiras. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
Belém Pará Brasil Cidades. Comunidades de mosqueiro sofrem com incêndios e perdem plantações inteiras. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

O incêndio florestal que atingiu a ilha de Mosqueiro, na PA-381, está controlado graças ao trabalho conjunto da Prefeitura de Belém, Corpo de Bombeiros, e Polícias Civil e Militar. A região, que enfrentou grande volume de fumaça, já apresenta uma redução significativa nesse fator, trazendo alívio para os moradores da área. A administração municipal está tomando medidas urgentes para fornecer assistência às famílias afetadas, enquanto as autoridades seguem com os esforços para prevenir novos focos de incêndio.

Medidas de Assistência Social e Saúde em Mosqueiro

O Hospital de Mosqueiro observou um aumento nos casos de doenças respiratórias desde o início da semana, com especial atenção para crianças. O Gabinete de Crise, criado para coordenar as ações de combate ao incêndio e apoio à população, está trabalhando em estreita colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) para monitorar a saúde dos moradores da ilha.

A fumaça na região diminuiu aproximadamente 70% nas últimas 24 horas, e a tendência é que a redução continue, refletindo no número de casos atendidos pelo hospital. No entanto, a administração municipal continua a investigar o impacto da fumaça na saúde da população.

Ações de Combate ao Incêndio e Apoio à Agricultura Local

As forças de segurança e a Prefeitura de Belém seguem trabalhando com maquinários pesados, como pás-carregadeiras e carros-pipa, no combate aos focos de incêndio na região. A presença de dois carros-pipa com capacidade de 12 mil litros de água cada, além de facões, enxadas e equipes especializadas, foi crucial para a contenção das chamas, especialmente em áreas de difícil acesso.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) também está envolvida na mitigação de danos ambientais. A Semma realizará o fornecimento de mudas de espécies frutíferas, incluindo açaí, para os produtores rurais que perderam suas plantações devido ao incêndio.

Ajuda às Famílias e Reconstrução em Mosqueiro

De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Claudionor Corrêa, a Prefeitura já iniciou o levantamento de residências afetadas e os trabalhos de assistência social para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade. Um dos focos é o fornecimento de cestas básicas. Ao todo, serão distribuídas 200 cestas alimentícias para as famílias atingidas.

A Cohab (Companhia de Habitação do Estado) será acionada para fornecer o Cheque Moradia às famílias que perderam completamente suas casas no incêndio. As famílias que sofreram danos parciais ou totais em suas moradias também serão assistidas com auxílio-aluguel enquanto se recuperam do desastre.

Investigações sobre a Causa do Incêndio em Mosqueiro

A Polícia Civil identificou três indivíduos suspeitos de provocar o incêndio florestal em Mosqueiro. A Semma já iniciou o processo de responsabilização administrativa e poderá aplicar multas severas, que variam de R$ 500 a R$ 50 milhões, dependendo da gravidade do crime ambiental. A Semma está aguardando a conclusão do inquérito policial para formalizar as sanções aos envolvidos.

O Impacto na Comunidade e o Apoio da Defesa Civil

As comunidades mais afetadas pelo incêndio foram a 19 de Abril, Nova Esperança e Vitória, localizadas em Mosqueiro. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, as equipes continuam monitorando a área, especialmente devido ao receio de que ventos fortes possam causar novos focos de incêndio.

Com o risco atualmente reduzido de “alto” para “médio”, os trabalhos de prevenção e resposta continuam em andamento. A Defesa Civil Estadual e a Prefeitura de Belém permanecem em plantão para garantir que as chamas não voltem a ameaçar as áreas residenciais.