Belém

Público celebra os 30 anos do Parque do Utinga, em Belém

É importante que a população esteja ciente das mudanças nos horários de funcionamento de serviços e comércios Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.
É importante que a população esteja ciente das mudanças nos horários de funcionamento de serviços e comércios Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Trayce Mello

As comemorações pelos 31 anos da maior área de preservação da capital paraense, o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, chegaram ao fim neste domingo (05). Nos últimos dias o público tem participado das programações científicas, culturais e sociais, e pode aprender um pouco mais sobre a importância dessa parte significativa do bioma amazônico dentro de Belém.

“Essa celebração dos 31 anos do Parque do Utinga é, de fato, muito importante. É um momento que a gente quer celebrar junto com a população. O parque ambiental é considerado a unidade-símbolo da diversidade biológica presente na Região Amazônica. Desempenhando um papel crucial no abastecimento de água da Região Metropolitana de Belém. Cerca de 70% da água consumida tem como ponto de partida os lagos Bolonha e Água Preta. Além disso, foi escolhido pela população como a principal opção de programa de recreação e atividades saudáveis ao ar livre, aliando práticas de bem-estar e contato com a natureza”,ressaltou o Gerente do Parque do Utinga, Julio Meyer. 

As comemorações pelos 31 anos da maior área de preservação da capital paraense, o Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, chegaram ao fim neste domingo (05) Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

Ao longo dos dias foram realizadas apresentações de pesquisas científicas, uma exposição sobre as abelhas nativas do Brasil, visitas escolares com atividades teatrais na floresta, uma “passarinhada” para observação de aves, oficinas de fotografia para jovens, além de serviços de saúde que foram desde a triagem de enfermagem, vacinação e testes rápidos. Um dos pontos altos das atividades foi a caminhada que buscou proporcionar aos participantes uma experiência de conexão com a natureza. 

“Esse ano a gente não fez a corrida, a gente só fez a caminhada. Para que a gente pudesse ter, de fato, um ambiente de recreação, de integração, de conversa e bate-papo. Nosso intuito era que vários públicos participassem do programa”, explicou Júlio Meyer. 

“A gente pediu para a inscrição dois quilos de alimento não perecível. Então, esse foi um kit com a camisa do evento, uma squeeze e uma bolsinha. E esses dois quilos de alimento, que no final somaram duas toneladas de alimento, estão sendo doados para uma associação do entorno do parque. Então, é uma forma que a gente percebe de garantir que o uso público do parque tenha um desdobramento positivo em toda a comunidade do entorno”, acrescentou. Além disso, uma feira da biodiversidade, com produtos da sociobiodiversidade amazônica, também contemplou a programação.

O local oferece uma variedade de atrativos naturais, como trilhas, lagos e uma rica biodiversidade aos seus visitantes. Com o grande número de usuários, cerca de 550 mil por ano, o Parque Estadual do Utinga tem se tornado um importante impulsionador do turismo sustentável em Belém. Está entre as 10 unidades de conservação mais visitadas no Brasil. 

O local oferece uma variedade de atrativos naturais, como trilhas, lagos e uma rica biodiversidade aos seus visitantes. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará.

A professora Sinaida Vasconcelos, conta que gostou muito da programação. “Eu vim para a caminhada, a programação está maravilhosa. Cheguei cedo, teve café da manhã, bolos e parabéns. É sempre ótimo estar aqui, quando eu posso sempre venho”, disse. 

“Hoje mais do que nunca a gente está vendo a terra se manifestando e dando sinais do  quando ela está sendo agredida e maltratada. Então, mais do que nunca é o momento pra gente estar pensando as nossas atitudes diante da natureza, da biodiversidade, e a gente tá na Amazônia. Programações como essas são muito importantes para a conscientização”, completou. 

Já a psicopedagoga Maria da Penha, diz que gosta muito de praticar atividades físicas no parque com as amigas. “Eu gosto muito do parque, sempre é bom fazer atividades físicas em boa companhia. Aqui é um pedacinho da Amazônia no centro da cidade. Temos muito a celebrar esses 31 anos do parque”, diz.