JARDINS SUSPENSOS

Projeto prevê a ampliação de sombras nas novas Doca e Tamandaré

Só a nova Doca receberá o plantio de 180 novas árvores, explica a arquiteta Naira Carvalho, da Secretaria de Obras Públicas do Pará (Seop), autora do projeto.

Técnica inspirada em projeto de Cingapura reaproveita materiais de construção para criar suportes para plantas naturais na Nova Doca e Tamandaré
Técnica inspirada em projeto de Cingapura reaproveita materiais de construção para criar suportes para plantas naturais na Nova Doca e Tamandaré

As estruturas definitivas dos jardins suspensos de plantas tipo trepadeira que farão parte do paisagismo das novas Doca e Tamandaré foram pensadas como solução ecológica para gerar ainda mais sombras em espaços onde não há condições de plantio, e se integrarão à arborização natural prevista pelo projeto original da reconstrução dos dois locais.

Só a nova Doca receberá o plantio de 180 novas árvores, explica a arquiteta Naira Carvalho, da Secretaria de Obras Públicas do Pará (Seop), autora do projeto.

“Essa estrutura final é mais alta, mais ampla, e o centro dela terá um vaso. Lá vai entrar uma vegetação de trepadeira, preferencialmente as que são Bougainville, totalmente naturais, e que já estão escolhidas”, detalha. “Onde é possível o terreno vai receber, por exemplo, árvores trazidas de transplante da obra do canal do Tucunduba, para que aqui tenham nova vida e possam continuar sobrevivendo. Onde a obra permitiu, foram abertas janelas e plantamos aqui e nas outras quadras”, garante a profissional.

Serão de 80 a 100 jardins suspensos em cada um dos locais, concebidos a partir de material reciclado, como vergalhões que seriam descartados mas que, agora, servem de suporte para plantas vivas.

“Reaproveitar, reutilizar, reciclar e repensar é mais que uma tendência – é obrigação de todos nós que pensamos em sustentabilidade, e entendo que esta obrigação está inteiramente vinculada ao evento da COP30”, avalia Naira Carvalho.