
As estruturas definitivas dos jardins suspensos de plantas tipo trepadeira que farão parte do paisagismo das novas Doca e Tamandaré foram pensadas como solução ecológica para gerar ainda mais sombras em espaços onde não há condições de plantio, e se integrarão à arborização natural prevista pelo projeto original da reconstrução dos dois locais.
Só a nova Doca receberá o plantio de 180 novas árvores, explica a arquiteta Naira Carvalho, da Secretaria de Obras Públicas do Pará (Seop), autora do projeto.
“Essa estrutura final é mais alta, mais ampla, e o centro dela terá um vaso. Lá vai entrar uma vegetação de trepadeira, preferencialmente as que são Bougainville, totalmente naturais, e que já estão escolhidas”, detalha. “Onde é possível o terreno vai receber, por exemplo, árvores trazidas de transplante da obra do canal do Tucunduba, para que aqui tenham nova vida e possam continuar sobrevivendo. Onde a obra permitiu, foram abertas janelas e plantamos aqui e nas outras quadras”, garante a profissional.
Serão de 80 a 100 jardins suspensos em cada um dos locais, concebidos a partir de material reciclado, como vergalhões que seriam descartados mas que, agora, servem de suporte para plantas vivas.
“Reaproveitar, reutilizar, reciclar e repensar é mais que uma tendência – é obrigação de todos nós que pensamos em sustentabilidade, e entendo que esta obrigação está inteiramente vinculada ao evento da COP30”, avalia Naira Carvalho.