Belém - Em celebração aos 409 anos de Belém, foi realizada neste sábado (11) uma edição especial do Projeto Roteiro Geo-Turísticos pelo bairro da Cidade Velha, que teve início por volta das 8h30 e atraiu um grande público. O projeto, que já conta com mais de 14 anos de história, é coordenado pela professora Maria Goretti Tavares, da Faculdade de Geografia e Cartografia e do Programa de Pós-Graduação em Geografia (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O percurso teve início na Ladeira do Forte do Castelo, no Complexo Feliz Lusitânia, onde os participantes puderam aprender sobre a geografia da cidade, sua história através da arquitetura e a cultura local. Desta vez, muitos estavam participando da atividade pela primeira vez.
Esse foi o caso da família paraense formada pelo servidor público José Castro, 42 anos, e pela técnica em enfermagem Márcia Reis, 47 anos. Acompanhados das filhas e de um sobrinho, eles se interessaram pela programação após José visitar outras cidades e perceber que precisava conhecer melhor a cidade natal.
Outro participante foi o pesquisador Luís Miranda, de 28 anos, que decidiu aproveitar a oportunidade para apresentar a cidade em que nasceu e conhecê-la melhor, acompanhado da fotógrafa polonesa Magdalena Nonga, de 31. “Não é todo dia que se tem a oportunidade de participar de uma programação como esta, e está sendo algo novo tanto para mim quanto para ela. Daqui, talvez ainda vamos visitar alguns museus”, comentou Luís.
Museus
Ainda pela manhã, os museus do Forte do Presépio e de Arte Sacra, localizados no Complexo Feliz Lusitânia, atraíram muitos visitantes. De férias, a família santarena, que inclui o biólogo e servidor federal Alberto Soares, 59 anos, aproveitou a visita para incluir a programação cultural em seu roteiro. “A gente gosta de vir a esses lugares por uma questão histórica. Aqui (Museu do Forte do Presépio), por exemplo, é muito curioso, um verdadeiro sítio arqueológico”, afirmou Alberto.
As irmãs Maria Eduarda, de 18 anos, e Emanuela Matos, de 24, também aproveitaram a programação, acompanhadas do amigo Eduardo Ayron, de 26. Maria Eduarda chamou a atenção para a conservação e restauração dos espaços. “Eu já fazia esse tipo de programação por conta da escola, mas agora está diferente, me impressionou bastante”, disse. Segundo ela, a visita aos museus tem um significado especial, pois remonta à história de sua família.
“Essa questão religiosa e indígena é bem presente em nossa família. Nossos avós eram do povo Tembé. Não chegamos a conhecê-los, mas manter esse conhecimento é uma forma de conectar as histórias”, afirmou.