Belém

Praias de Outeiro bombam no feriado do trabalhador

Banhistas e visitantes se reuniram ao longo das praias, desfrutando das águas calmas e da paisagem que esses distritos paraenses oferecem. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
Banhistas e visitantes se reuniram ao longo das praias, desfrutando das águas calmas e da paisagem que esses distritos paraenses oferecem. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Even Oliveira

Neste feriado de 1º de maio, Dia do Trabalhador, algumas pessoas escolhem descansar, já outras estavam à procura de uma opção para aproveitar o dia de folga, como as praias e orlas em torno de Belém.

As praias começaram a receber um fluxo moderado de pessoas em busca de um refúgio. Banhistas e visitantes se reuniram ao longo das praias, desfrutando das águas calmas e da paisagem que esses distritos paraenses oferecem. Foi o que observamos na Praia Grande e na Praia do Amor, na Ilha de Caratateua, conhecida popularmente como Outeiro, em Belém.

A aposentada Marina Paz, de 68 anos, preferiu tirar o dia para desfrutar de um passeio saindo do bairro do Jurunas até a Praia Grande, na companhia do esposo João, dos dois filhos e das noras. “Gosto de vir aqui porque não é muito longe [de onde moro], acho mais sossegada, mais tranquila. Chegamos na hora da chuva, mas isso não vai nos atrapalhar”, diz.

Ainda na Praia Grande, o vendedor de coco José Mota, 54, comenta sobre a expectativa relacionada às vendas neste feriado. A chuva, que para alguns não foi motivo de impedir a ida à praia, para ele “acabou atrapalhando mais as vendas, muita gente não veio até Outeiro por ser um feriado no meio da semana também. Tínhamos uma expectativa de vender 75 cocos, mas só conseguimos vender 15”, explica.

Praticamente ao lado, a cuidadora de crianças Neide Santos, 44, resolveu ir até a Praia do Amor em busca do descanso merecido. “Queria me divertir um pouco, porque só ficar em casa não dá. Arrastei meu esposo e umas amigas e estamos aqui para curtir a praia e dançar um pouco”, pondera.

Entre os locais procurados, em Icoaraci, a Orla e a Praia do Cruzeiro foram um dos destaques, com famílias e grupos de amigos se reunindo para aproveitar o feriado à beira-mar também de forma tranquila.

Na Orla, a professora de artes Eliete Cascaes, 59, moradora do bairro da Cremação, comenta o porquê de tirar um dia para aproveitar o fim de tarde e tomar um tacacá.

“Este feriado do Dia do Trabalhador é uma oportunidade especial para recarregar as energias junto às minhas amigas e celebrar as conquistas de todos nós, trabalhadores. Vim até a Orla passear porque é um momento de merecido descanso. Me sinto revigorada”, afirma Eliete entusiasmada.

Para a instrutora de gastronomia Naira Corrêa, 30, que trabalha na Usina da Paz do Benguí, a data é sinônimo de relaxamento. “Trabalho todos os dias atendendo a comunidade, recebendo pessoas de vários lugares, e quando saio sempre tem algo de casa para resolver, sempre aparece alguma coisa; então, para vir aqui, coloco em mente que preciso de uma tarde de folga”, cita.

A nail designer Amanda Galucio, 21, folgou os trabalhos em plena quarta-feira para tomar um banho na praia. “Moro aqui em Icoaraci mesmo, [no bairro] da Campina, e esse feriado é para além de dormir, é para desfrutar com a família; por isso me preparei, porque trabalho todos os dias”, fala.

Além dos momentos de lazer, o movimento também impactou os comerciantes de restaurantes locais, que viram um aumento significativo na clientela esperada para o feriado do Dia do Trabalhador. Conversamos com a gerente de um restaurante localizado na Praia do Cruzeiro, Karine Damasceno, 46, que destacou o impulsionamento das vendas no local.

“Esperamos um movimento mais intenso do que em outros feriados, nos preparamos comprando bastante peixe, que é o mais pedido, e atingimos 80% do esperado para venda nesta data”, avalia a gerente.