Novembro deve marcar o início do período chuvoso em Belém. A partir da terceira semana do mês, o aumento gradativo da incidência de chuvas está previsto na capital e Região Metropolitana (RMB). O crescimento das precipitações estabelece o encerramento de quatro meses de estiagem e a ausência de formação de nuvens de chuva em todo território estadual. A temperatura máxima deve baixar três graus até o final do ano.
De acordo com o meteorologista do 2º Distrito de Meteorologia (DISME) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), José Raimundo Abreu, entre os meses de julho a outubro, a cidade de Belém e Região Metropolitana experimentaram uma “inversão térmica”. Com índices pluviométricos muito inferiores à média esperada, a região teve temperaturas máximas muito elevadas, chegando a 37.2 graus na sombra, o que é dificilmente registrado.
No mês de novembro, porém, é esperada a diminuição gradual da temperatura atmosférica com a volta das chuvas.
“A tendência agora é diminuir as temperaturas porque está tendo maior cobertura de nuvens. A temperatura máxima diminui até dois graus em novembro, enquanto em dezembro deve diminuir três graus em relação a outubro. Em Belém, as chuvas vão aumentar devagar. Por enquanto, as pancadas de chuva são de curta duração, mas a partir do dia 15 há grande possibilidade de se tornarem mais frequentes e intensas”, avalia o meteorologista.
Nos municípios situados na parte litorânea, nordeste paraense, como Salinas e Bragança, as chuvas devem ter maior incidência em dezembro, mês em que o período chuvoso, chamado inverno amazônico, já se consolida em Belém. Em contrapartida, no sul do estado, nos municípios de Redenção, Conceição do Araguaia, Tucumã, Parauapebas e Novo Progresso, o período chuvoso já está estabelecido com chuvas frequentes e rigorosas.
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“Devido ao fenômeno meteorológico da Zona de Convergência do Atlântico Sul o período chuvoso já está consolidado e a cada cinco a sete dias aumenta as condições de chuva e a incidência é severa. Com as chuvas mais frequentes, vão subir os níveis do rio Tapajós e Xingu. Ao mesmo tempo, esses locais não terão mais um solo totalmente seco”, explica José Raimundo.
Em 2023, foram 135.5 milímetros de precipitação em novembro. Este ano, a previsão é de 151,4 milímetros de chuva, no mesmo período, sendo esperado em torno de 80% da média (100 mm), o que não ocorreu nos últimos meses.
O destaque da escassez de chuva ficou por conta do mês de setembro, quando choveu apenas 11% da média de 120,1 milímetros, cerca de 12 mm. No penúltimo mês do ano, a temperatura deve ficar entre 34 e 35 graus de máxima, enquanto a mínima ficará entre 23 e 24 graus em Belém e Região Metropolitana.
