SUSTO NA FRENTE DO BOSQUE

'Pensei que era tiro, me joguei no chão': passageiros relatam susto após queda de árvore em Belém

Uma árvore do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, em Belém, desabou sobre um ônibus que seguia a linha Distrito – Pátio Belém na manhã desta sexta-feira (4) e ficou atravessada na avenida Almirante Barroso

Foto: Even Oliveira
Foto: Even Oliveira

Uma árvore do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco, em Belém, desabou sobre um ônibus que seguia a linha Distrito – Pátio Belém na manhã desta sexta-feira (4) e ficou atravessada na avenida Almirante Barroso. O acidente aconteceu por volta das 7h50, e não se sabe o que causou a queda da árvore, que atingiu, ao todo, quatro veículos. Uma mulher teve ferimentos devido aos estilhaços do vidro do ônibus, mas leves, e outra bateu a cabeça no momento da pancada da árvore. O tráfego na área ficou completamente interrompido, gerando grandes congestionamentos no entorno do bosque. As autoridades foram acionadas para remover a árvore e liberar a via.

José Garcia, de 42 anos, motorista do ônibus atingido, relatou que tudo aconteceu muito rápido. “A gente escutou o estalo e o pessoal começou a correr. Foi aí que eu puxei o ônibus um pouco para frente, mas a árvore caiu e atingiu a parte de trás. Só uma moça com um corte leve na testa. O ônibus estava cheio, com gente em pé, o susto foi grande”, contou Garcia, ainda nervoso com a situação.

Foto: Even Oliveira

Entre os passageiros, Rosinete Pereira, 46, diarista, foi uma das que sofreu ferimentos, ela teve parte da cabeça e um dos pés cortados pelos cacos de vidro de uma das janelas atingidas, enquanto aguardava para descer na parada seguinte ao Bosque. “Pensei que era tiro, me joguei no chão, e as pessoas também se jogaram em cima de mim; começou a cair vidro, isso que me machucou foi o vidro, onde pegou feriu”, conta. Rosinete comemora aniversário no dia do acidente, completando 46 anos. “Estava indo para o trabalho, mas agora vou para o hospital. Acabou tudo, estou com uns pedaços de vidro na cabeça. Sangue, saiu sangue”, disse nervosa.

Além de Rosinete, Eliana, outra passageira, sofreu um corte leve na testa ao bater a cabeça no teto do ônibus durante o impacto. Raimunda Palheta, 53, empregada doméstica que estava ao lado de Eliana no momento, tentou ajudar. “Ela se levantou com o susto e acabou batendo a cabeça, mas, felizmente, não foi nada grave”. Os feridos que estavam dentro do coletivo foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Árvore é retirada por volta de 12h

Elizabeth Mesquita, guarda municipal de 53 anos, estava parada no trânsito quando um galho da mesma árvore atingiu seu carro, quebrando o vidro traseiro. “Tivemos sorte que o semáforo fechou e paramos. Ele [o ônibus] que pegou todo o impacto. Não tive susto, porque estava com os vidros fechados, ouvi só o barulho. Quando vi, pensei que fosse cair outras. Imediatamente eu quis voltar; só que não tinha mais condições de voltar”, disse Elizabeth que, embora tenha tido parte do carro atingido, estava aliviada por ter saído ilesa físicamente. “Foi um livramento”, expressou.

Outro envolvido no incidente foi Ronald Araújo, de 28 anos, motorista de uma van que também foi atingida. Conforme ele, na van havia entre 12 a 13 passageiros. Um dos galhos acertou a cabine onde ele estava, apenas. “Já ia parar na próxima parada para ver um passageiro. Quando a gente viu, [foi] só o barulho forte; e eu nem percebi na hora que tinha amassado [a cabine] e estava próximo da minha cabeça. Depois que o vidro estourou, que voam os estilhaços em cima de mim, que fui reparar que o que tinha acontecido”, comentou. Além do ônibus, do carro particular de Elizabeth e a van, outro automóvel, um Ford KA branco, foi atingido de raspão.

TRÂNSITO

O trânsito na área ficou paralisado por várias horas enquanto o corte da árvore, para remoção, realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e dos bombeiros, ocorria. Guardas da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) interditaram o trânsito entre as avenidas Doutor Freitas até a travessa Lomas Valentinas, esquina do Bosque; orientando o trânsito e condutores para garantir a fluidez e segurança, utilizando a avenida Rômulo Maiorana como uma alternativa substituta da av. Almirante Barroso.