Faltando pouco mais de dois meses para a COP 30 — a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas — Belém, no Pará, se prepara para receber o evento, que acontece de 10 a 21 de novembro. A expectativa é que a conferência reúna milhares de participantes, exigindo uma estrutura de alto padrão para mobilidade, segurança, comunicação e hospedagem.
É a primeira vez que o Brasil vai sediar uma COP de mudanças climáticas. O encontro vai contar com líderes mundiais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil. Esse é considerado um dos principais eventos do tema no mundo.
Na pauta: redução das emissões de gases de efeito estufa, expansão da energia renovável e adaptação às mudanças climáticas.
Mas afinal, o que são essas mudanças climáticas? E como elas podem interferir no futuro do Brasil e do mundo?
O professor Wagner Costa Ribeiro, do Departamento de Geografia da USP, explica que elas são resultado da ação humana e levam ao aquecimento global. O principal motivo é o uso de combustíveis fósseis que liberam gases de efeito estufa.
O professor lembra que secas, chuvas intensas e ondas de calor extremo já são exemplos dessas mudanças. No Brasil, isso significa aumento das temperaturas, menos água para a agricultura e dificuldades na geração de energia hidrelétrica, que depende das chuvas.
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Para enfrentar todo esse cenário desafiador, de acordo com o especialista, são necessárias uma série de medidas, entre elas grandes investimentos em plantio de árvores.
Wagner Costa Ribeiro também reforça a importância de eventos como a COP 30. Mas destaca que o grande desafio é transformar as decisões tomadas nas reuniões multilaterais em ações práticas e financiadas.
De acordo com estimativas da Fundação Getúlio Vargas, mais de 40 mil pessoas devem participar nos principais dias da conferência.
Além do impacto ambiental positivo, o evento deve gerar benefícios econômicos e sociais para a cidade de Belém: criação de empregos temporários, aumento do turismo e aquecimento dos setores de serviços, comércio e hotelaria.
Para o Brasil, a COP 30 também será uma vitrine para atrair investimentos internacionais em tecnologia ambiental e energia limpa.
