O Natal é a data festiva considerada mais importante para o setor do comércio, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém (Sindilojas). É neste momento que comerciantes procuram faturar com as vendas dos mais diferentes itens, como calçados e vestuário. Com a preparação recente para a Black Friday, no final de novembro, lojistas já estão na expectativa de boas vendas para o Natal 2024, ainda mais com a injeção do pagamento da segunda parcela do décimo, que deve ser efetuado até o dia 20 de dezembro.
O DIÁRIO percorreu algumas lojas na avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, para saber como está a preparação nestes estabelecimentos para as vendas no período natalino, qual a expectativa das vendas para este ano e o que os lojistas estão fazendo para chamar a atenção do cliente e garantir as boas vendas em diferentes itens como vestuário, armarinho e tecido.
Na loja Ana Paula Looks e Acessórios, voltada especificamente para o vestuário feminino, a preparação do local para a época natalina já está sendo feita desde o mês de novembro, afirma a proprietária Ana Paula, 30 anos. Ainda segundo a empreendedora, o “boom” nas vendas de roupas, sandálias e bolsas costuma ocorrer a partir do dia 20, data que coincide com o prazo final do pagamento da segunda parcela do décimo. “A maior procura no período é por vestidos verdes ou vermelhos. Já estou com duas reposições de mercadorias aqui. Quero zerar o estoque com as minhas clientes e ainda ofereço desconto de 10% a 20% em pagamentos à vista”, comenta Ana sobre a expectativas das vendas.
Há mais de 15 anos na avenida Pedro Miranda, a loja Tecidolândia tem em dezembro a melhor época do ano para as vendas, segundo o gerente Jefferson Monteiro, 40. No local há tecidos de todos os tipos e estampas para decoração e para toalhas de mesas, assim como tecidos para a confecção de roupas.
Logo na entrada já chama a atenção as estampas natalinas disponíveis para os clientes. Conforme Jefferson Monteiro, além da variedade dos tecidos, a loja também vai realizar promoções para cativar o público e garantir boas vendas. “Desde o início deste mês a gente já percebe uma maior movimentação dos clientes, que fica maior a partir do dia 15. Nossa expectativa é ter um aumento de pelo menos 60% nas vendas comparadas com o Natal do ano passado”.
Armarinho
O destaque também fica com lojas que comercializam itens decorativos. Na Loja Potiguar Armarinho em Geral já está tudo pronto para os clientes comprarem ainda mais bolas, laços e demais itens que compõem a decoração natalina. De acordo com o proprietário Vinicius Leite, 41, os pedidos de estoques dos itens foram feitos nos meses de agosto e setembro para haver tempo hábil de disponibilidade e de entrega no estabelecimento. “Nós do setor de armarinho apontamos duas épocas muito boas: festas juninas e Natal. E para atender melhor os clientes, também vendemos nossos itens pelas redes sociais”.
Expectativa para aumento na venda de bebidas é grande
Com a chegada das festas de final de ano, os depósitos de bebidas em Belém já começam a registrar movimentação maior. Nos estabelecimentos há a preparação para atender a alta demanda pela procura do carro-chefe para o período que são as cervejas, além de refrigerantes, itens que compõem as celebrações de Natal e Réveillon.
Renata Soares, 36, gerente de um depósito localizado na avenida João Paulo II entre as travessas Barão do Triunfo e Angustura, bairro Marco, diz que o movimento cresce a partir de quinta-feira, com um pico entre sexta-feira e sábado, com as vendas neste período superando as semanas regulares.
“Estou estocando mais bebidas. No ano passado, tivemos um faturamento de cerca de 40% do esperado”, afirma ela, que espera alcançar entre 80% e 90% de venda dos estoques nas vésperas das duas datas.
Cláudia Mota, 49, proprietária de um depósito situado também na João Paulo II, entre a travessa Curuzú e avenida Ceará, segue otimista para o fim do ano. A mais pedida, a cerveja Amstel Puro Malte Pilsen com 12 unidades de latas de 350ml, tem o preço mais elevado no depósito, de R$43; já a Itaipava, mesma quantidade, mas com menor preço, de R$32, são boas pedidas. “Durante os finais de semana, chegam a sair de 20 a 30 pacotes por marca, e só de cerveja são pelo menos 5 tipos aqui. Nas datas, geralmente duplica”, comenta.
Já em outro ponto, na travessa Estrela com a avenida Visconde de Inhaúma, na Pedreira, Manoel Moreira, 65, conta que o atendimento direto ao consumidor final é o diferencial, no qual o cliente para o carro, escolhe o que quer, já sai com o produto gelado no isopor e pronto para consumo direto.
“Cervejas estão entre as mais vendidas. A procura por refrigerante também é grande, seja na unidade ou no pacote com 6 de Coca-Cola, por exemplo. Para o Natal, esperamos dobrar as vendas já que no ano passado teve um bom movimento, mas acredito que este ano será ainda melhor”, diz ele, confiante no aquecimento do mercado, mantendo o abastecimento diário dos produtos.
Os energéticos também têm conquistado espaço no ponto de Manoel. Em média, os preços variam entre R$10 e R$12 por unidade, dependendo da marca, como Red Bull, Monster e TNT. Já vinhos como Quinta do Morgado Tinto Suave de 750ml (R$25) e a vodka Rum Montilla Carta Branca de 1 litro (R$35) têm algumas saídas, embora vendidos em unidades.