SAÚDE ANIMAL

Hospital Veterinário de Belém vai ser reestruturado

O prefeito de Belém, Igor Normando, anunciou a criação do programa “Belém Animal”, no Hospital Veterinário Municipal Dr. Vahia.

O prefeito Igor Normando e sua equipe anunciaram investimentos que vão garantir um melhor atendimento aos pets da capital FOTO: ANTONIO MELO
O prefeito Igor Normando e sua equipe anunciaram investimentos que vão garantir um melhor atendimento aos pets da capital FOTO: ANTONIO MELO

O prefeito de Belém, Igor Normando, anunciou ontem a criação do programa “Belém Animal”, no Hospital Veterinário Municipal Dr. Vahia, no bairro do Tapanã. A iniciativa prevê a reestruturação do hospital e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que estão há anos sem receber reparos estruturais.

Atualmente, o Hospital Veterinário atende as especialidades de infecto, traumas, obstetrícia, dermatologia, reprodução, oncológica, clínico e enterite. Em contrapartida, a unidade não possui atendimento de internação e cirurgia de média e alta complexidade em cães e gatos.

Além disso, a máquina de raio-x está quebrada, faltam profissionais para a máquina de exames de sangue e bioquímico; faltam medicamentos e anestesia desde o ano passado. Se estivesse funcionando em plena capacidade, o hospital atenderia 200 animais por dia, mas, hoje, funciona apenas com metade disso.

“Nós temos aqui aparelhos, infelizmente, quebrados, sucateados, falta de insumo e também um gasto excessivo por parte da administração municipal nesse espaço. Hoje, o hospital veterinário custa para a Prefeitura de Belém em média R$ 1 milhão. Isso equivale a R$ 12 milhões durante o ano, sendo que poderia funcionar com uma capacidade muito maior de entrega de resultado, de atendimento aos animais, inclusive tendo ambiente de internação, de regulação, de triagem dos animais adequados. Embora seja um espaço relativamente novo, não atende a demanda da cidade”, revelou o prefeito de Belém, Igor Normando.

Além das reformas nos prédios, o programa “Belém Animal” visa atender corretamente os animais, proporcionando consultas, vacinação, castração aos bichinhos de tutores que vivem em situação de vulnerabilidade social. A medida vai evitar a superpopulação e casos de maus tratos de animais. Por isso, segundo Normando, o hospital será transferido, a médio prazo, para um lugar maior. O projeto ainda deve contemplar futuramente ações de castração, vacinação e consulta nos bairros, distritos e ilhas de Belém.

“Vamos fazer um trabalho redobrado para garantir que tenhamos um novo hospital, novo Centro de Zoonoses e garantir também que as ações sejam integradas com a Câmara dos Vereadores, com a Secretaria de Proteção Animal, para garantir realmente um atendimento melhor para a população animal da nossa cidade. Estamos estudando fazer clínicas veterinárias, inclusive foi uma proposta da vereadora Raquel dos Animais na Câmara Municipal, fazer a triagem desses animais no momento de atendimento veterinário e depois de regular para o hospital veterinário, fazendo exatamente como a gente faz na saúde humana, garantindo um atendimento rápido, de qualidade e que eles possam ser encaminhados para ter a devida atenção”, garantiu Normando.

ATENDIMENTO

A tutora Rayssa Paiva, de 27 anos, levou a gata Julieta para mais uma consulta. Além da felina, ela é dona de mais 14 gatos, os quais sempre são atendidos pela unidade pública veterinária. Doente, a pet esperava pelo atendimento no Hospital Veterinário Dr. Vahia, que, apesar das reclamações, ainda tem proporcionado um bom atendimento à comunidade animal. “Para mim, o atendimento tá bom. Às vezes é que demora um pouco, mas no geral tá bom. Acho que a reforma pode ser melhor para os meus gatinhos. Eu espero que com isso diminua a demora, porque quando leva tempo eles ficam muito inquietos. Se isso for melhorado, acredito que isso seja um ponto muito positivo”, disse.

A autônoma Ataneia Alves, de 55 anos, é moradora da Cabanagem e se deslocou pela primeira vez para que a cadela Magali recebesse atendimento. Para ela, a reforma será benéfica para todos os tutores e animais que precisam de atendimento gratuito. “É a primeira vez que eu trago e achei o atendimento muito excelente, fui bem atendida. Ela tá com dor de barriga porque anda comendo capim direto, fica direto com dor, então eu trouxe ela. Eu acho que essa reforma é excelente porque às vezes os animais precisam. Se não fosse aqui eu não teria condições de ir em outro lugar porque é bem caro”, finalizou.