O Herbário João Murça Pires, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), completa 130 anos em 2025 e reafirma seu papel essencial na preservação e no estudo da biodiversidade amazônica. Com cerca de 255 mil amostras de plantas desidratadas — muitas delas raras, ameaçadas ou já extintas na natureza —, o acervo é considerado um dos mais importantes do Brasil e da América Latina.
Fundado em 1895 a partir da coleta da planta Cleome aculeata L. pelo botânico suíço Jacques Huber, o herbário é o terceiro mais antigo do país e o mais longevo das regiões Norte e Nordeste. A coleção abriga também tipos nomenclaturais — amostras usadas para descrever novas espécies —, somando mais de 3 mil registros.
O trabalho desenvolvido ao longo das décadas foi impulsionado por nomes de peso da botânica brasileira, como João Murça Pires, Adolpho Ducke e Ricardo Secco, que foi curador do herbário por 20 anos. A instituição também aposta em tecnologia para ampliar o acesso ao conhecimento, com bancos de dados digitais como o Specify e iniciativas educacionais voltadas a estudantes e professores.
Para marcar os 130 anos, o Museu Goeldi realiza uma programação especial em julho, com oficinas de coleta e ilustração botânica, expedição ao Parque Estadual do Utinga e uma mesa-redonda sobre o papel dos herbários na Amazônia. Informações estão disponíveis nas redes sociais do MPEG e pelo e-mail [email protected].
Serviço
Atividades comemorativas dos 130 anos do Herbário MG
. Oficina de Coleta, Herborização e identificação Botânica
Data: 24 e 25/07
Local: Sala 32 da Coordenação de Botânica, Campus de Pesquisa do Museu Goeldi
. Expedição botânica no Parque estadual do Utinga
Data: 26 / 07
. Oficina de Ilustração Botânica
Data: 28 e 29 / 07
Local: Sala 32 da Coordenação de Botânica, Campus de Pesquisa do Museu Goeldi
. Mesa-redonda “O papel dos herbários na Amazônia”