CENAS LAMENTÁVEIS

Gritaria e dedo na cara: Câmara de Belém vira arena por conflito no Oriente Médio

Um episódio inusitado e tenso marcou a sessão desta quarta-feira (21) na Câmara Municipal de Belém.

Um episódio inusitado e tenso marcou a sessão desta quarta-feira (21) na Câmara Municipal de Belém.
Um episódio inusitado e tenso marcou a sessão desta quarta-feira (21) na Câmara Municipal de Belém.

Um episódio inusitado e tenso marcou a sessão desta quarta-feira (21) na Câmara Municipal de Belém. Em vez de foco nos projetos de lei em pauta, a discussão foi tomada por um embate acalorado entre vereadores do PSOL e o vereador Zezinho Lima (PL), motivado por declarações sobre o conflito na Faixa de Gaza.

Segundo informações da Coluna Repórter Diário, publicada nesta quinta-feira (22) pelo jornal Diário do Pará, o tumulto teve início quando o filho do vereador Zezinho Lima entrou na galeria da casa legislativa e passou a gritar palavras de apoio ao Estado de Israel, em tom considerado provocativo diante da tragédia humanitária vivida por civis palestinos.

A reação veio rapidamente. As vereadoras Marinor Brito e Vivi Reis, ambas do PSOL, protestaram contra a manifestação, que consideraram um desrespeito às vítimas do conflito e um ato de provocação. A troca de acusações evoluiu para gritaria, dedo em riste e a necessidade de intervenção da segurança da Câmara, que retirou o visitante do local para conter os ânimos.

“Em um ato de absoluto desprezo ao genocídio que ocorre naquela área, o filho do vereador Zezinho Lima decidiu entrar na galeria e gritar palavras de ordem enaltecendo as atitudes do Estado de Israel”, relatou a coluna.

Diante da confusão, a sessão foi ofuscada e pouco se falou sobre os projetos efetivamente votados no dia.

Clima político acirrado

O episódio evidencia a crescente polarização ideológica dentro da Câmara de Belém, que, em um momento de preparação intensa para grandes eventos na cidade, como a COP 30, acaba desviando o foco de pautas municipais em função de debates de geopolítica internacional.

Até o momento, a presidência da Câmara não se pronunciou oficialmente sobre o caso.