Pará - O Hangar, Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, registrou grande movimentação nesta quinta-feira, 21, no penúltimo dia da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes. Inúmeras ofertas e promoções levaram centenas para as últimas horas da edição de 2025. Além dos livros, o público acompanhou uma programação especial voltada para debate e exposição sobre a revolta da Cabanagem.
O estudante Gedeão Santos, de 20 anos, estava acompanhado da mãe e da irmã e garantiu um livro de cálculo necessário na grade curricular do curso de Física. “Tem muita variedade e opções para diversos cursos, deu para aproveitar bastante”, relatou. Quem deixou para a última hora, ainda pode conseguir boas promoções em diversos títulos, seja de literatura, história, biografia e outros temas. “Tem opções de três livros por 20 reais, outros de três por 50 e tem os de medicina que custam 30 reais. Os mangás são cinco reais, cada”, disse a expositora Fran Mendes, de Castanhal. Ela participa da feira há alguns anos e relatou que a edição de 2025 teve um impacto positivo nas vendas.
Nesta edição, os homenageados foram a escritora e poeta Wanda Monteiro e o compositor e criador do búfalo bumbá, Mestre Damasceno. A programação contou com dias temáticos: Vozes da Poética e da Encantaria, Vozes do Clima – COP 30, Vozes da Diversidade e Inclusão, Vozes da Infância e Juventude, Vozes do Escritor Paraense, Vozes Cabanas e Vozes dos Saberes Ancestrais. Cada dia teve rodas de conversa, palestras e apresentações culturais em sintonia com a temática discutida.
A Revolta da Cabanagem em Destaque
Nesta quinta-feira, 21, foi a vez de discutir sobre a Cabanagem, revolta popular que ocorreu na província do Grão-Pará entre 1835 e 1840, durante o período regencial brasileiro. Além dos debates com especialistas, o público teve acesso a réplicas de documentos que contam a história do período e que estão preservados no Arquivo Público do Estado do Pará (APEP). “Como a feira é frequentada por um público muito variado, a ideia é que esses documentos, que são muito restritos a um grupo de pessoas como pesquisadores, historiadores, sejam levados para um público mais amplo”, pontua o diretor do Apep, Leonardo Torii.
Ainda segundo o diretor da instituição, embora a capital paraense tenha um bairro com o nome da Cabanagem, além de um monumento e ruas com nome de líderes cabanos, “as pessoas pouco sabem sobre esse episódio, então apresentar também é democratizar e conscientizar essa população do que foi a Cabanagem”. O casal Nayan Mastub e Lana Nunes aproveitou a oportunidade de ver os arquivos de perto e aprofundar o conhecimento sobre o assunto. “Nossa filha maior já começou a ter um contato maior com a leitura e gostamos de explicar sobre a história do Pará. É importante para quando chegar lá fora, poder falar bem e explicar mais sobre o Norte, que muitos sabem tão pouco”, afirmou Nayan.
Serviço e Informações Adicionais
Serviço – A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes segue até esta sexta-feira, 22, no Hangar Centro de Convenções da Amazônia. O horário de funcionamento é de 9h até 22h, com entrada franca até às 21h.