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Fé sobre rodas: Belém celebra São Cristóvão com carreata centenária

São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes, foi homenageado com uma carreata realizada nesta sexta, 25, com saída do Santuário de Fátima

São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes, foi homenageado com uma carreata realizada nesta sexta, 25, com saída do Santuário de Fátima
São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes, foi homenageado com uma carreata realizada nesta sexta, 25, com saída do Santuário de Fátima. Foto: Mauro Ângelo

São Cristóvão, padroeiro dos motoristas e viajantes, foi homenageado com uma carreata realizada nesta sexta, 25, com saída do Santuário de Fátima, em Belém. O destino foi a Comunidade de Santo Agostinho, na rua Veiga Cabral, no bairro da Terra Firme. São Cristóvão, segundo a tradição cristã, era um homem forte que se dedicava a ajudar os viajantes a atravessar um rio perigoso por volta do século III, no Império Romano.

“Ele é aquele a quem tanto desejamos pedir. Pedimos a graça a Deus através dele, para a bênção dos viajantes, daqueles que conduzem veículos, para que não aconteça nenhum acidente — nem com eles, nem com os pedestres. Que esse santo possa, de verdade, interceder”, explica o vigário Gelcimar Santos, que celebrou a missa antes da procissão.

Guilherme Sousa, jornalista, é um dos responsáveis pela organização da festividade de São Cristóvão em Belém, que já remonta a uma tradição de mais de 100 anos. “A tradição começou em 1913, quando um grupo de choferes brasileiros e portugueses recebeu uma imagem que, todos os anos, sai na procissão. Desde então, passou por várias organizações até chegar a um grupo de devotos do santo, que segue à frente da organização até hoje”, relata. “É importante que, em todas as ocasiões em que estamos dirigindo, elevemos nossas orações ao padroeiro dos motoristas, para que ele nos proteja em nossos caminhos”, completa.

Entre os devotos que acompanharam a missa e a procissão estava Vera Mattos, 68, que contou ter tirado a carteira de motorista apenas aos 60 anos, incentivada pelos netos que precisavam de carona para ir à escola. A dona de casa afirma que sentiu medo diante do desafio, mas se apegou ao santo que a ajudou na missão. “Eu fiz uma promessa para ele e deu tudo certo. Todo ano eu participo no dia 25. São Cristóvão me ajudou muito. Até hoje tenho uma imagem de São Cristóvão no meu carro e, na minha bolsa, guardo uma oração em homenagem a ele”, conta.