Even Oliveira
De acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) publicado nesta sexta-feira (19), de janeiro a março de 2024, os belenenses enfrentaram um aumento significativo no preço da cesta básica de alimentos, especialmente na farinha de mandioca, um item indispensável na culinária local. O aumento do produto na capital paraense superou em mais que o dobro a inflação calculada para o mesmo período, que seria de 1,58%, e teve alta de 6,06%.
Os números revelam que, em março deste ano, o preço médio do quilo da farinha de mandioca vendida nos supermercados e feiras da capital, atingiu R$11,02, registrando um aumento de 4,75% em relação ao mês de fevereiro, comercializada a R$10,52. Essa tendência de alta já vinha sendo observada desde o final de 2023, com aumentos consecutivos nos meses seguintes.
A produção de farinha de mandioca é uma atividade econômica de grande importância no Estado do Pará, representando mais de 90% da produção nacional, alcançando mais de 4 milhões de toneladas por ano. No entanto, apesar da abundância local, o aumento nos preços é atribuído a uma série de fatores, incluindo o período de entressafra, variações no clima e a atuação de intermediários no processo de comercialização.
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TENDÊNCIA
Além do consumo do produto, a farinha, muitas vezes, é uma atividade familiar, fazendo parte do orçamento de muitas famílias Estado. Seu aumento de preço coloca em destaque a necessidade de medidas para garantir a estabilidade e acessibilidade deste produto para a população.
Segundo o Dieese/PA, a tendência de aumento nos preços da farinha de mandioca deve persistir nos próximos meses, o que representa um desafio adicional para as famílias paraenses. Como resultado, o impacto econômico dessa alta de preços também reflete na inflação geral da cesta básica, tornando a situação ainda mais preocupante para os consumidores locais.
“Infelizmente as recentes pesquisas do Dieese/PA ainda indicam aumentos no preço da Farinha, inclusive esta carestia deverá se estender, influenciada por fatores como o período de entressafra, fortes variações climáticas e também os chamados “atravessadores” que interferem ainda mais na formação e elevação desses preços”, conclui o Departamento.
