
Belém - Ana Carolina Mescouto, uma jovem de 19 anos, viralizou nas redes sociais após simular ter sido aprovada no curso de medicina da Universidade do Estado do Pará (UEPA). No dia 31 de janeiro, data da divulgação da lista de aprovados, ela apareceu vestindo um jaleco e celebrando a suposta conquista ao lado de calouros na porta da instituição, em Belém. No entanto, a farsa foi descoberta, e Ana Carolina reapareceu nesta semana nas redes sociais da Prefeitura de Belém, fantasiada e animando o anúncio do Carnaval 2025.
Em entrevista, a jovem contou uma história emocionante, afirmando que tentava a vaga há três anos e que a aprovação seria uma homenagem ao pai, que teria falecido recentemente. Ela também mencionou uma promessa a Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses. “Foram anos de estudo, me dediquei muito para esse momento. Dá uma sensação incrível, de dever cumprido”, disse.
Porém, a narrativa começou a desmoronar quando conhecidos a desmentiram nas redes sociais. Uma ex-professora revelou que Ana Carolina havia concluído o ensino médio apenas em 2024, e veículos de comunicação confirmaram que seu nome não constava na lista de aprovados da UEPA. Além disso, descobriu-se que o pai da jovem está vivo.
A repercussão negativa foi intensa, e Ana Carolina foi alvo de ofensas e xingamentos. Em um pronunciamento, ela se desculpou e classificou o ocorrido como “uma brincadeira”. “O que fiz não foi certo com a direção e as pessoas presentes naquele momento. A todos que magoei e que ficaram chateados, peço desculpas e arco com as consequências”, declarou.
Ela ainda brincou com a situação: “A fama que estou pegando é bem doida. Algumas pessoas me elogiam, outras dizem que fui errada. No final das contas, eu vivi, fiz o que gosto, que é atuar, dançar e comemorar. Uma vitória que não conquistei e nunca irei conquistar. Como diria minha mãe: ‘Mentira tem perna curta’. E, para encerrar, termino dizendo: ‘Os sorrisos e os momentos foram bons enquanto duraram’”. Ana Carolina alegou que o episódio foi um “exercício de interpretação”.
O caso gerou debates sobre os limites entre brincadeiras e responsabilidade, especialmente em um contexto de alta visibilidade como as redes sociais.