A exposição “Semeando a Vida: como ocorre a dispersão de sementes na Amazônia”, em cartaz no Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPPA), foi prorrogada até o dia 30 de agosto. A mostra educativa é uma parceria entre o Planetário e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) e apresenta ao público como animais como antas, cutias, aves e peixes atuam como agentes fundamentais na regeneração das florestas amazônicas, funcionando como verdadeiros “jardineiros” da natureza.
Voltada tanto para escolas quanto para o público geral, a exposição pode ser visitada às quartas-feiras, das 14h30 às 17h30, com entrada gratuita, e aos sábados, das 8h30 às 11h30, com ingressos a R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia-entrada). Crianças de até seis anos, estudantes, professores e pessoas com direito a gratuidade legal têm entrada gratuita ou com desconto, mediante comprovação.
Educação ambiental em foco
A mostra integra o compromisso do CCPPA com a educação ambiental e a divulgação científica. Para o diretor da instituição, José Roberto Alves da Silva, a parceria com o Goeldi amplia o alcance das ações educativas.
“A prorrogação da exposição permitirá ao público uma maior compreensão sobre o papel dos animais dispersores de sementes e fortalece o intercâmbio entre as instituições. É uma oportunidade de sensibilização ambiental, especialmente neste período de preparação para a COP30”, destaca.
O coordenador de Museologia do MPEG, Emanoel Fernandes Junior, reforça que os animais apresentados na exposição são “aliados invisíveis na reconstrução de ecossistemas e inspiração para práticas sustentáveis”. Segundo ele, o objetivo é despertar nos jovens a consciência sobre os ciclos naturais e a interdependência entre espécies, saberes e territórios.
Experiência educativa
Durante as visitas, monitores de Biologia explicam como ocorre a dispersão de sementes por diferentes agentes, como vento, água, humanos e, principalmente, os animais. As antas, araras, tucanos e cutias são os destaques entre os visitantes, especialmente para o público escolar. Os monitores também apresentam sementes como buriti, algodão, samaúma, andiroba e babaçu, estimulando o conhecimento científico de forma acessível e interativa.
A estudante Ana Clara Freitas, de 13 anos, visitou a mostra com a escola e se disse encantada:
“Foi a primeira vez que vi essas espécies. Eu não sabia que os animais espalhavam sementes. Achei isso maravilhoso.”
O colega Eros Gabriel Vilhena, de 14 anos, também aprovou a atividade:
“Gostei das aves. Achei bacana poder vê-las de perto. Biologia é minha matéria favorita.”
A professora Suely Lobato, que acompanhou os alunos, avalia positivamente a iniciativa:
“Os estudantes ficaram empolgados. Muitos disseram que não sabiam como acontecia a dispersão das sementes. Foi uma experiência rica.”
A natureza como professora
Segundo Fernanda Barros, técnica em Biologia do CCPPA, a dispersão de sementes é um dos processos mais fascinantes da natureza e essencial para o equilíbrio ambiental.
“Essa dinâmica mantém as florestas vivas, auxilia no reflorestamento e no combate às mudanças climáticas. Cada nova árvore ajuda a regular o clima e absorver o gás carbônico.”
A exposição é mais uma ação de sensibilização e divulgação científica em um momento estratégico, em que se discute com mais ênfase a preservação ambiental e a atuação das novas gerações em favor do planeta.
📍 Serviço
Exposição: Semeando a Vida: como ocorre a dispersão de sementes na Amazônia
Local: Centro de Ciências e Planetário do Pará – Rodovia Augusto Montenegro, s/nº, km 3 – Mangueirão, Belém
Visitação:
- Quartas-feiras: 14h30 às 17h30 (entrada gratuita)
- Sábados: 8h30 às 11h30 (R$10,00 a inteira / R$5,00 meia)
Período: Até 30 de agosto de 2025
Agendamento para escolas: disponível mediante contato com o CCPPA