No próximo domingo (23), Belém será palco da 11ª Caminhada Down, um evento que visa promover informações acerca da trissomia 21 (T21), popularmente conhecida como “síndrome de Down”. A concentração está marcada para às 8h, seguida da caminhada às 9h, na Praça Batista Campos.
Aberta a todos os interessados, a caminhada ocorre após o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, uma data que é oficialmente reconhecida pela ONU desde 2012. Este dia ressalta a importância da inclusão e a luta contra o capacitismo.
Neste ano, a caminhada tem como tema: “Suporte a quem precisa e todos juntos pela inclusão: seja rede de apoio!”, ressaltando a importância de oferecer oportunidades reais para que pessoas com síndrome de Down possam estudar, trabalhar e exercer plenamente sua cidadania. Trata-se de um evento destinado a promover a integração e a convivência saudável, respeitosa e inclusiva.
A programação deste ano contará com diversas atrações. Além da caminhada, haverá serviços como a emissão de documentos e atividades voltadas para a saúde, incluindo a entrega de carteirinhas de passe livre e atendimentos realizados pelos cursos de medicina da liga acadêmica. Também ocorrerá uma exposição de projetos de escolas, ONGs e instituições que se dedicam ao atendimento de pessoas com síndrome de Down, acompanhada de apresentações culturais. A expectativa é que aproximadamente 5 mil pessoas se reúnam para o evento, que contará com a presença de pessoas com síndrome de Down, seus familiares, pesquisadores e ativistas. Esta iniciativa é promovida pelo Núcleo Amazônico de Acessibilidade, Inclusão e Tecnologia (Acessar) da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), com o suporte de várias instituições que trabalham na defesa dos direitos das pessoas com síndrome de Down na cidade.
Engajamento
A professora Andrea Miranda, coordenadora do Acessar e responsável pela organização da caminhada, ressalta que a inclusão deve ser uma prática contínua, e não apenas um conceito. Isso envolve o engajamento de famílias, escolas, empresas e de toda a sociedade. “Nosso objetivo é desmistificar essa questão e oferecer informações. É crucial que as pessoas entendam que ter síndrome de Down não significa ter uma incapacidade; esses indivíduos têm direito ao respeito e à proteção de seus direitos”, declarou.
Ela enfatiza ainda que o evento representa uma oportunidade para a comunidade conhecer instituições e serviços voltados a indivíduos com T21. “Ainda permanece a ideia errônea de que pessoas com deficiência intelectual são incapazes de aprender. Na realidade, o que falta são métodos apropriados e profissionais capacitados. Elas podem alcançar diversas conquistas; suas dificuldades estão atreladas à ausência de acessibilidade”, finaliza.