A transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis ganhou destaque na manhã desta terça-feira (12) , com o encontro “COP 30 – Transição Energética”, promovido pelo Diário do Pará, em parceria com o Instituto Vale e apoio da Universidade da Amazônia (Unama), como parte das ações preparatórias para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30).
As discussões da Mesa Redonda ocorreram sobre desafios, soluções e oportunidades para o Brasil e, especialmente, para a Amazônia, atraindo cerca de mais de 100 participantes interessados nas pautas ambiental e energética, reuniu especialistas, acadêmicos e representantes do setor privado no auditório da Unama, no bairro Umarizal.
“Falar de energia limpa e sustentável tem tudo a ver com a COP 30 e com o nosso projeto”, explicou a gerente comercial do DIÁRIO, Patricia Tupinambá. Ela destacou que o evento é fruto de uma parceria de longa data entre a Unama, a Vale e o grupo RBA, organizador da iniciativa – realizador do “RBA na COP”.
“Esse projeto de COP 30 já existe há dois anos, e temos incluído não só a Unama, mas outras instituições a cada temática diferente. Neste encontro em específico, tentamos alinhar com o mundo acadêmico da Unama, já a transição energética foi um tema decidido pelo grupo RBA e encontramos na Vale essa expertise”, disse. Outros temas também já foram abordados: “bioeconomia, inovação e cultura, sempre ligados à pauta da sustentabilidade”, lembrou.
Representando a Vale, o diretor de Mudanças Climáticas e Descarbonização, Rodrigo Lauria, apresentou a importância do setor mineral no processo de descarbonização e eletrificação global. “Na transição energética a gente fala do desafio da mineração, como a mineração é um vetor essencial para a transição, para a descarbonização da siderurgia e para apoiar a transição energética no processo de eletrificação. A Vale opera há 40 anos na Amazônia, daqui sai a maior parte da nossa produção. É um case de desenvolvimento sustentável, de como alinhamos a extração mineral e a preservação das florestas”, afirmou.
Já o professor Marco Valério Vinagre, doutor em Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia e docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente Urbano da Unama, reforçou a relevância do tema para a região, iniciando as explicações a partir do primeiro ponto: o que é a COP.
“Vamos discutir a necessidade da transição energética para a Amazônia e para o mundo, e a importância de que esse assunto seja bem avaliado por todas as pessoas. A transição energética para beneficiar e mitigar as mudanças climáticas é um tema até de sobrevivência”, ponderou. A contribuição de Vinagre incluiu a apresentação de estudos desenvolvidos na universidade, ressaltando como o fortalecimento dessa agenda pode gerar impactos concretos em Belém e no restante da Amazônia.