A um mês da COP30, Belém volta a respirar bons ventos — e o crédito, desta vez, recai sobre a sintonia entre os governos federal e do Pará. Após um agosto turbulento, marcado pelo debate em torno dos preços de hospedagem, o evento recuperou sua imagem e superou as expectativas.
Levantamento inédito da Imagem Corporativa, que analisou 187 mil menções em sites de notícias e redes sociais brasileiras entre janeiro e setembro, mostra que o índice de imagem positiva (“Tone of Voice”) saltou de 92 pontos em agosto para 122 em setembro, o melhor desempenho desde o início do ano.
O estudo atribui essa virada às ações coordenadas do governo federal, que associaram a COP às celebrações da Independência do Brasil, reforçando o simbolismo do país como líder no debate climático global, e às medidas práticas de facilitação de vistos e planos de segurança pública robustos, amplamente divulgados pela equipe federal em conjunto com o governo do Pará.
Nas redes e na imprensa, o volume de menções ao evento quase triplicou em agosto — efeito direto da crise das hospedagens —, mas voltou a se estabilizar em setembro, com tom muito mais positivo. O debate sobre acordos e tratados climáticos agora domina 38% das menções, sinal de amadurecimento da pauta, enquanto temas puramente ambientais representam 27%.
O cenário internacional também influencia a percepção do evento. O recuo dos Estados Unidos no Acordo de Paris, durante o governo Donald Trump, manteve o país em alta nas citações — geralmente negativas —, o que contrasta com a imagem protagonista e conciliadora do Brasil.
No plano local, os dados são ainda mais expressivos: o estudo mostra que a COP30 vem fortalecendo a imagem do governo do Pará. O governador Helder Barbalho (MDB) aparece em 51% das menções associadas ao evento, com índice de imagem 23 pontos acima da média geral. A conferência já está presente em mais de 40% das menções ao governador nas plataformas digitais, consolidando sua liderança na condução de um projeto que alia organização, sustentabilidade e visão estratégica.
Com o apoio técnico e institucional de Brasília e a execução firme de Belém, o Brasil se prepara para receber o mundo na Amazônia — não apenas com discursos, mas com gestão eficiente, planejamento e resultados concretos.