A Arquidiocese de Belém promoveu a Peregrinação dos Comunicadores, no domingo (18). A programação é direcionada aos profissionais que atuam neste campo como jornalistas, publicitários, social media, fotógrafos e radialistas. A peregrinação ocorre em virtude do Ano Jubilar, vivido a cada 25 anos pela Igreja Católica. Na tradição, as peregrinações são uma expressão de fé e devoção que remonta aos primórdios do cristianismo.
Em Belém, ao longo de 2025, a Arquidiocese programou uma série de peregrinações direcionadas a públicos diversos, como os religiosos, religiosas, seminaristas e famílias. Para os profissionais da comunicação, o chamado é para comunicar com esperança. “Esse foi o grande apelo do Papa Francisco, de sermos comunicadores da esperança. Enxergar a realidade, a sociedade, a família com esse olhar”, pontuou a irmã Ana Tavares, vice-coordenadora da Pastoral da Comunicação Arquidiocesana. Em um mundo marcado por guerras e conflitos, a tarefa dos comunicadores “é levar uma comunicação da verdade, não só a informação, mas também a evangelização, a ética, o amor”, reforçou a religiosa.
Comunicadores da Esperança
“Evangelizar é difícil, mas não é impossível. Acredito que membros de pastoral e até comunicadores de TV aberta, por exemplo, se cada um de nós professar de fato a sua fé, a gente consegue levar uma pequena parcela da palavra de Deus para que ela possa irradiar nas pessoas”, afirmou José Lucas Souza, 25, estudante de jornalismo. Transmitir os valores da fé de forma acessível é outra tarefa dos comunicadores. “Por incrível que pareça, ainda tem muita gente que não compreende a Igreja Católica e este é nosso desafio”, disse Alana Marques, 19.
O Apelo do Papa Leão XIV
No primeiro encontro da imprensa mundial com o Papa Leão XIV, no Vaticano, o pontífice convocou quem trabalha nos meios de comunicação “ao compromisso de levar adiante uma forma de comunicação diferente, que não busque o consenso a todo custo, não se revista de palavras agressivas, não abrace o modelo da competição, não separe nunca a busca da verdade do amor com que devemos humildemente buscá-la”. O Bispo de Roma também frisou a importância de dizer “não” ao conflito das palavras e das imagens e de rejeitar o paradigma da guerra.