
Com a chegada de junho, a capital entra oficialmente no clima da Quadra Junina, e esse período é marcado por festas tradicionais, danças e, claro, as famosas comidas regionais que fazem parte da cultura paraense, mas que neste período aumentam o consumo.
Segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), os preços das comidas típicas prontas comercializadas nos principais supermercados e shoppings de Belém tiveram reajustes significativos em relação a 2024, com aumentos que chegam a quase 22% em alguns itens.
As pesquisas foram realizadas entre os dias 30 de maio e 2 de junho de 2025, e apontam que as altas de preços superaram até mesmo a inflação acumulada nos últimos 12 meses, estimada em 5,5%.
Entre os produtos com maior reajuste está o bolo de milho, que apresentou uma alta de 21,88%. Logo em seguida aparecem o mingau de milho e o mingau de tapioca (300ml), ambos com reajuste de 19,36%.
De acordo com o DIEESE/PA, essa elevação nos preços já era esperada. O principal fator apontado é o encarecimento dos insumos in natura, utilizados no preparo das comidas típicas. A alta no custo desses produtos ao longo do ano repercutiu diretamente no preço final das comidas prontas comercializadas durante a quadra junina.
Impacto dos Aumentos nos Festejos Juninos
A valorização das comidas típicas pode representar um desafio para muitas famílias paraenses que costumam manter viva a tradição dos festejos juninos com mesa farta.
Outros itens também registraram aumentos expressivos:
Bolo de macaxeira (fatia) e bolo de tapioca (bolo podre): alta de 16,99%
Maniçoba (prato): aumento de 11,82%
Caruru (prato): alta de 11,59%
Pudim de leite: aumento de 10,64%
Vatapá (prato): alta de 10,09%
Cuia de tacacá: aumento de 7,76%