Estudo recente do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA), aponta que no segundo trimestre deste ano, de abril a junho respectivamente, o Pará seguiu com queda no desemprego – a taxa de desocupação de 7,4% representa uma queda de 1,1% se comparada às taxas registradas no mesmo período do ano passado e no primeiro trimestre de 2024. No total, no segundo trimestre de 2024, foram registrados cerca de 3,8 milhões de pessoas no mercado paraense.
A análise realizada com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram ainda que no comparativo entre o segundo trimestre deste ano, de abril a junho, em relação ao primeiro trimestre, que corresponde aos meses de janeiro a março de 2024, o total de trabalhadores ocupados registrou crescimento de 2,6% e um incremento de 97 mil pessoas ocupadas.
No segundo trimestre do ano de 2023, também houve crescimento no número de 3,2% e um acréscimo de 119 mil pessoas ocupadas no mercado de trabalho paraense.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Belém (Sindilojas), Eduardo Yamamoto, analisa os números da pesquisa e comenta que o setor comercial deve oferecer oportunidades de contratação em função de datas como o Círio de Nazaré, as festas de final de ano e a movimentação em torno da COP 30, em 2025.
“Já estamos no segundo semestre do ano, onde já é esperado o aumento de vendas, por conta dos eventos desse período. Diante disso, é necessário a contratação de mais colaboradores para suprir a necessidade da população”, diz.
Yamamoto também ressalta que a injeção do FGTS na economia e antecipação do décimo terceiro salário costumam movimentar o comércio. “Esses benefícios e pagamentos adicionais injetam dinheiro na economia, estimulam o consumo e, consequentemente, aumentam a demanda por atendimento e serviços no setor comercial”, destaca.
CENTRO COMERCIAL
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No centro comercial de Belém, uma boa parte das lojas de produtos importados, anunciam em suas fachadas a aceitação de currículos. Em uma loja situada na rua João Alfredo, a funcionária Tagla Ferreira, de 29 anos, comenta que o proprietário deseja contratar formalmente até três pessoas visando as festas de fim de ano. “O movimento aumenta em até 30% nesse período, aumenta muito a demanda de atendimento”, conta.
Recém-contratada em uma loja de variedades, Ana Karoline, 24 anos, que trabalha no caixa da loja, comenta que trabalhava em um escritório anteriormente e tem encarado a experiência no comércio como uma forma de melhorar o currículo. “Estou há duas semanas e meia aqui, foi uma oportunidade que surgiu e eu agarrei”, explica.
A proprietária Samara Araújo, 38 anos, destaca que apesar da recente contratação, o período ainda não pede por novos funcionários. “O normal é que se demita em agosto e comece a contratar temporariamente em outubro e dezembro. Estamos com uma expectativa positiva por conta do Círio de Nazaré”, avalia.
Em outra loja de eletrônicos, localizada na travessa Frutuoso Guimarães, a gerente de compras e vendas Elitania Souza, 47 anos, diz que mais contratações para o segundo semestre dependem do aquecimento das vendas.
“Os meses de julho e agosto foram fracos, então temos que analisar como vai se comportar o fluxo de vendas nos próximos meses. Setembro vai ser nosso termômetro, aí veremos se será necessário contratar mais pessoas”, disse.
Sandy Sardinha, de 30 anos, foi a última a ser contratada na loja e comenta que a oportunidade não poderia ter chegado em melhor hora. “Uma amiga minha me indicou e tem sido muito bom, tenho conseguido ajudar nas despesas de casa”, destaca.
