O Combu sempre é a opção de lazer para muitos belenenses e turistas. Assim, os empreendedores comemoram os bons resultados de agosto e setembro e já se preparam para os dias mais movimentados da história de Belém, com a aproximação do Círio, em outubro, e principalmente da COP-30, em novembro.
“A gente teve uma oscilação, né? Tanto é que foi também um momento para sentir o público, porque as férias bombaram, foi uma loucura. Aí, quase no fim do mês, caiu um pouco o movimento, mas ainda assim foi bem legal”, explica Viviane Magno Vieira, gerente do restaurante Paraensíssimo.
O espaço, além do salão, também conta com chalés destinados à hospedagem. “Geralmente a gente lota muito no domingo. No domingo isso aqui é uma loucura. As pessoas procuram mais para relaxar. No sábado ainda tem gente que trabalha, então muitos só chegam mais tarde. Eles dizem: ‘ah, vou chegar depois porque ainda vou sair do trabalho’”, conta.
Para a COP-30, além dos chalés, a ideia do estabelecimento é alugar barracas de camping para os visitantes se hospedarem. “A gente tem uma expectativa muito boa. Em relação à COP, a gente já fechou todos os chalés. Todos os chalés já foram fechados por uma empresa do Rio de Janeiro. A gente vai tentar alugar o camping, tem muita procura pelo camping também. Já fechamos ontem um casal. É uma barraca para casal, nós mesmos vamos fornecer e é bem aconchegante”, diz Viviane.
As amigas Fabrícia Barreto e Alexandra Souza, 43, guias de turismo em Maceió, aproveitaram o passeio. A mãe de Fabrícia é paraense, mas ela não visitava o Estado há mais de 20 anos. “Há 25 anos eu não vinha ao Pará. Então a gente estava muito contente, aguardando para estar aqui. Praticamente todos os dias acompanhávamos pelo Instagram. Aqui a gente se sentiu abraçada, achamos um ambiente muito familiar”, disse Fabrícia. Já Alexandra elogiou a hospitalidade paraense: “Eu rodo bastante, tiro folgas em Minas, vou muito a Recife. Mas vou dizer: de todos os estados, o Pará é o mais acolhedor. Vocês são preparados para acolher, é impressionante. Cada olhar, um sorriso… é o calor humano”.
Lazer e gastronomia no Combu
No restaurante Porto Combu, uma roda de samba foi preparada para os clientes. Além disso, o espaço conta com trilha em meio à floresta, onde os visitantes podem conhecer de perto uma samaumeira de mais de 15 metros. “A gente faz essa programação uma vez por mês, num sábado que se estende além do almoço. Muita gente vem só para almoçar, mas depois chega outro público que já fica até a noite, no pagode ‘Irreverência na Ilha’”, explica Fabrício Barbosa, diretor comercial do estabelecimento.
Inaugurado em fevereiro deste ano, o restaurante tem capacidade para receber mais de 300 visitantes simultaneamente. “Preparamos todo um plano, por meio de uma ONG, para promover cursos e capacitações aos moradores da ilha, que hoje são nossos colaboradores. Em média, 70% da nossa equipe é formada por pessoas daqui”, afirma Barbosa. “Por exemplo, toda terça-feira eu tenho um curso de inglês aqui pra comunidade. Já pra preparar pra COP-30”, acrescenta.
Segundo ele, o fato do salão principal do restaurante ser climatizado com ar-condicionado chama a atenção é o grande atrativo do espaço. “Somos os únicos no Combu com esta estrutura. Já fechamos para o período da COP o nosso primeiro evento internacional, da ONU, inclusive. É um espaço que mantém o bem-estar, tem uma boa estrutura e mantém o contato com a natureza”, completa Fabrício.
Experiências e sabores
A engenheira florestal Jéssica Machado, 32, levou o filho Frederico, de 1 ano, para conhecer o local e destacou o contato com a natureza e a gastronomia. “Eu, particularmente, não conhecia esse restaurante. Acho que o chef está fazendo um trabalho bem diferente, muito bom. A gente comeu um tambaqui na brasa excelente”, completa.