SEGURADORAS

Casa do Seguro vai funcionar durante a COP

No Pará, o setor representa apenas 1,7% do mercado nacional. A maioria das empresas que atuam no estado são seguradoras de abrangência nacional.

O setor de seguros é fundamental para enfrentar as mudanças climáticas, pois incentiva a transição para energias mais limpas e auxilia na gestão dos riscos e impactos de eventos climáticos extremos.
Margarete Braga, presidente do Sincor-Pará. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Com a chegada da COP-30, a Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU, as atrações que ocorrerão paralelamente em Belém durante o evento começam a ser reveladas. Nesta quinta-feira, 31, a CNseg – Confederação Nacional das Seguradoras – lançou a Casa do Seguro, um espaço que vai funcionar de 7 a 21 de novembro, em um casarão localizado na travessa Alferes Costa, no bairro da Sacramenta.

No local, ocorrerão debates e exposições sobre o mercado de seguros e a relação do setor com as mudanças climáticas. “Hoje, há um aumento da intensidade e da severidade dos eventos climáticos, que expõem a sociedade e todos os setores econômicos ao redor do mundo. Nesse cenário, o setor de seguros surge como um instrumento fundamental de proteção de pessoas e investimentos. É essencial mostrar os produtos, serviços e soluções que essa indústria tem a oferecer”, explica Gustavo Brum, superintendente-executivo de Gabinete da CNseg.

Gustavo Brum. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Brum ressalta que, diante das incertezas provocadas por eventos naturais extremos, os seguros oferecem a chance de previsibilidade em um futuro incerto. “Fica cada vez mais evidente que o setor tem um papel importante nesse sentido: o de proteger e oferecer estabilidade. Com essa mentalidade, entendemos que a COP no Brasil merece uma atenção especial da CNseg, no sentido de dar visibilidade e promover tudo o que estamos construindo”, completa.

Segundo a CNseg, atualmente o mercado de seguros movimenta cerca de 6,5% do PIB nacional, além de R$ 2,3 trilhões por ano em operações financeiras — entre pagamento de obrigações e acúmulo de ativos. No Brasil, existem cerca de 140 seguradoras, mas 90% das apólices estão concentradas na proteção de veículos automotores.

No Pará, o setor representa apenas 1,7% do mercado nacional. A maioria das empresas que atuam no estado são seguradoras de abrangência nacional. Embora a maior parte das apólices esteja relacionada a veículos, apenas cerca de 30% da frota paraense possui algum tipo de cobertura. Para Margarete Braga, presidente do Sincor-Pará (Sindicato dos Corretores de Seguros), a Casa do Seguro será uma oportunidade para debater os desafios e caminhos do setor. “Vai ser um espaço para discutir, dialogar e apresentar novos produtos. As seguradoras participantes terão a chance de entender as necessidades do público, as mudanças em curso e o quão rápido precisamos agir”, afirma.