INCLUSÃO

Caminhada conscientiza sobre direitos das pessoas com deficiências

Em celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, no último domingo (22), foi realizado na praça da Batista Campos

Caminhada em comemoração ao dia nacional da pessoa com deficiência comemorado no dia 21 de outubro.  Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
Caminhada em comemoração ao dia nacional da pessoa com deficiência comemorado no dia 21 de outubro. Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Em celebração ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, no último domingo (22), foi realizado na praça da Batista Campos, a “Caminhada de Luta da Pessoa com Deficiência”, que reuniu ativistas, familiares e aliados.

Scheilla Abbud, diretora de Inclusão e Permanência Estudantil da EUPA, autista e surda, destacou que a luta é contínua e que a mobilização é essencial para garantir que os direitos sejam efetivamente respeitados. “Mais do que implementar leis, é importante que os sistemas cumpram as determinações legais, que garantam a acessibilidade que é necessária a cada sujeito dentro da sua especificidade, seja uma pessoa com deficiência, seja uma pessoa autista.”

Diversas organizações estiveram presentes, incluindo a ONG AMORA, uma das organizadoras do evento. E de acordo com a fundadora, Maria Cristina dos Santos Costa, o cortejo é uma forma de reivindicar os direitos dos deficientes e de lembrar que a inclusão ainda é um desafio. “A primeira caminhada surge como iniciativa para chamar a atenção da sociedade que as pessoas com deficiência que não estão ocupando um lugar que lhe é de direito na sociedade. Então essa caminhada é para tirar a invisibilidade, garantir os direitos da pessoa com deficiência e compartilhar, um pouco do saber, um pouco da experiência de cada um, um momento de reencontro de pessoas que lutam todos os dias pelo reconhecimento”, explicou.

O cortejo foi realizado em volta da praça da Batista Campos. Vanessa Brito, deficiente visual, compartilhou sua experiência: “Estamos aqui para mostrar que não queremos apenas ser vistos, mas ouvidos. Nossos direitos devem ser garantidos, e essa caminhada é um passo importante nessa direção. As calçadas, os transportes, tudo precisa ser adaptado. É fundamental que as cidades sejam pensadas para todos.”

A professora Maria Fernanda, que atua em escolas inclusivas, destacou a importância da educação. “Precisamos educar as crianças desde cedo para que compreendam e respeitem as diferenças. Isso é fundamental para um futuro mais inclusivo.”