Belém

Belém sedia etapa paraense do Circuito de Breaking

O Circuito de Breaking atraiu competidores de várias cidades do estado Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
O Circuito de Breaking atraiu competidores de várias cidades do estado Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Even Oliveira

No coração do bairro do Guamá, em Belém, a dança ganhou destaque como esporte e expressão cultural com a inauguração da primeira etapa do Circuito Paraense de Breaking 2024. Com uma programação que se estendeu ao longo do dia, desde as primeiras horas da manhã até às 18h, o Circuito agitou a comunidade local e atraiu competidores de várias cidades do estado.

Promovido pela Federação Paraense de Breaking (FPAB) em parceria com a Usina da Paz, o evento marca o início de uma jornada que busca profissionalizar e promover ações sociais por meio da modalidade no Pará. A FPAB, sob a liderança do presidente Ivan Pires, destaca o compromisso em estabelecer um cenário esportivo e cultural de qualidade para os praticantes do esporte no Pará.

“Criamos este circuito com o objetivo de contribuir para a profissionalização do breaking e promover a inclusão social por meio da dança. Queremos que o breaking seja acessível a todos, sem cobrança de taxas de inscrição ou mensalidades, pois acreditamos que é um dever nosso proporcionar oportunidades iguais para todos os praticantes”, ressalta.

“No momento em que o Comitê Olímpico Internacional (COI) o promoveu como um esporte olímpico, entendemos a importância de fomentar (o movimento), dando uma dimensão maior, para ter uma visibilidade para o estado”, diz.

O evento contou com categorias tanto para profissionais, com formato masculino e feminino; quanto para os estudantes, com participantes de 10 a 17 anos. A FPAB também destaca a estreia do quadro de arbitragem, formado a partir do curso de capacitação promovido pela Federação em parceria com a Federação de Breaking do Estado de São Paulo (FBSP).

Para os competidores, o evento é uma oportunidade de celebrar a cultura, trocar experiências, fortalecer os laços comunitários e pessoais. É o que comenta Max Oliveira, 28, “Ehug Max” de nome artístico, mecânico e dançarino profissional do movimento.

“O breaking foi além de uma transformação social, mas uma transformação como pessoa. Passei por muitos momentos difíceis na vida e ele foi um mecanismo de renovação para me moldar como pessoa, pai e filho. É minha terapia, cura e libertação”, conta Max, que saiu do município de Moju, para participar do Circuito.

Para a dançarina Ilena Gomes, 18, o breaking faz parte de sua vida desde os nove anos, quando participou de ações no município de Curralinho, no Arquipélago do Marajó. “Sempre gostei muito de dançar. Quando vi outras pessoas dançando breanking, me apaixonei”, relembra.

Sobre o evento, Ilena chegou à final da categoria profissional feminina em segundo lugar. “O breaking é mais do que uma dança, é uma forma de expressão e uma maneira de promover uma nova sociedade”.

Além de Belém, outras três cidades receberão etapas do circuito, culminando na edição 2024 da Copa Pará de Breaking, onde os 16 melhores ranqueados de cada categoria terão a oportunidade de competir.