Belém e Pará - Belém se torna palco da Temporada França-Brasil 2025, iniciativa que celebra os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. De agosto a dezembro, a capital paraense recebe uma agenda diversificada de seminários, exposições, espetáculos, festivais, cinema e residências artísticas, em sintonia com os debates da COP30, que será sediada na cidade em 2025.
A Temporada é organizada pelo Instituto Guimarães Rosa e pelo Institut Français, com apoio dos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores do Brasil e da França. A programação gira em torno de três eixos centrais: clima e transição ecológica, diversidade das sociedades e democracia e globalização equitativa.
Seminário Científico no Goeldi
De 26 a 28 de agosto, o Museu Paraense Emílio Goeldi promove o seminário “Conexões Amazônicas”, reunindo pesquisadores brasileiros e franceses para discutir a cooperação científica na região. Serão debatidos temas como sociobiodiversidade, meio ambiente e enfrentamento da crise climática. As propostas apresentadas durante o encontro serão sistematizadas e divulgadas antes e durante a COP30.
Entre os convidados internacionais estão nomes de referência como Stéphan Rostein, Laure Emperaire, Pascale de Robert e a guianense Christiane Taubira, ex-ministra da Justiça da França, conhecida por sua atuação na lei que reconheceu a escravidão como crime contra a humanidade.
Bienal das Amazônias
Logo após o seminário, de 29 de agosto a 30 de novembro, o Centro Cultural Bienal das Amazônias recebe a 2ª edição da Bienal das Amazônias, com curadoria de Manuela Moscoso, em colaboração com Sara Garzón e Jean da Silva.
Sob o tema “Verde-distância”, inspirado no romance Verde Vagomundo (1972), de Benedicto Monteiro, a mostra reúne 74 artistas e coletivos da Pan-Amazônia e do Caribe. A França estará representada por cinco artistas da Guiana e Antilhas — Gwladys Gambie, Jean-François Boclé, Marie-Claire Messouma, Nathalie Leroy Fiévée e Nathyfa Michel — reforçando o intercâmbio entre territórios amazônicos e caribenhos.
Com essa programação, Belém se projeta ainda mais como espaço estratégico de troca cultural, científica e ambiental entre Brasil, França e o mundo, no contexto da preparação para a COP30.