Belém e Pará - A Prefeitura de Belém informou, na manhã desta quinta-feira (7), que assumirá os custos dos danos materiais causados pela queda de árvores em diferentes pontos da cidade. As ocorrências aconteceram nas primeiras horas do dia e deixaram veículos danificados.
Em nota oficial, o município se solidarizou com as vítimas e orientou os afetados a procurarem a Câmara de Conciliação da Prefeitura, localizada na sede da Procuradoria Geral do Município (Av. Presidente Vargas, 413 – Campina), para dar início aos trâmites de reparação.
🌳 Onde aconteceram os incidentes?
Duas árvores tombaram em áreas distintas:
- Travessa 14 de Março, entre as avenidas José Malcher e Nazaré;
- Bosque Rodrigues Alves, uma das áreas verdes mais tradicionais de Belém.
Equipes municipais foram acionadas imediatamente para dar suporte às vítimas, remover os troncos e garantir a fluidez do trânsito.
⚠️ Causa e obstáculos técnicos
Durante a vistoria técnica na árvore da travessa 14 de Março, foi identificado que seria necessário o desligamento da rede elétrica para a realização segura da remoção. A solicitação foi feita à concessionária Equatorial Pará, mas, segundo a Prefeitura, o serviço não foi atendido a tempo, o que impossibilitou a finalização dos trabalhos no local.
Técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) estiveram no local e suspeitam de infestação por cupins como possível causa da queda. A árvore havia passado por manutenção recentemente.
🌱 Balanço da gestão e falhas na prestação de serviço
De acordo com a Prefeitura, mais de 1.400 árvores passaram por poda e avaliação técnica entre janeiro e junho deste ano. Ainda assim, a cidade possui cerca de 240 mil árvores catalogadas, sendo que 500 delas foram identificadas em situação crítica, fruto de longos períodos de abandono.
A atual gestão já determinou a supressão de 189 árvores com risco iminente de queda, como parte de uma força-tarefa permanente.
Por fim, a nota destaca que, apesar das ordens de serviço emitidas para a poda de árvores de grande porte, especialmente no Bosque Rodrigues Alves, a empresa contratada para esse fim, a Flores e Jardins, declarou não ter capacidade técnica para executar os serviços adequadamente.
Diante disso, a Prefeitura avalia a rescisão contratual com a empresa e estuda medidas legais para garantir que a força-tarefa de manutenção arbórea continue sem interrupções, visando preservar a segurança da população.