SAÚDE

Ambulatório Transexualizado: veja como serão os atendimentos no Barros Barreto

Foi assinado o protocolo de intenções para a criação do Ambulatório Transexualizador nas dependências do Hospital Barros Barreto, no bairro do Guamá, em Belém. 

Fotógrafo: Wagner Almeida - Diário do Pará
Fotógrafo: Wagner Almeida - Diário do Pará

Consolidando um passo importante no que diz respeito aos serviços de saúde e políticas públicas destinadas à população LGBTQIAPN+, ontem (28), foi assinado o protocolo de intenções para a criação do Ambulatório Transexualizador nas dependências do Hospital Barros Barreto, no bairro do Guamá, em Belém. 

Os atendimentos irão ocorrer uma vez por semana, nas modalidades de acompanhamento clínico, hormônio terapia, pré e pós-cirúrgico para cirurgia de redesignação sexual, além de cosmiatria, apoio psico-social e modulação vocal para  maiores de 18 anos.

Fotógrafo: Wagner Almeida – Diário do Pará

Durante a cerimônia simbólica, a superintendente do Complexo Universitário Hospitalar da Universidade Federal do Pará (CHU-UFPA), Regina Barreto, ressaltou que o hospital conta com uma estrutura de profissionais especializados. 

“É uma satisfação para o hospital, principalmente porque a população LGBTQIAPN+ é essencial para a construção deste serviço, a fim de entendermos as necessidades e outras coisas que podem ser colocadas à serviço”, disse.

A cerimônia simbólica também contou com a presença de Pedro Anaisse, titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), que destacou o compromisso da secretaria para agilizar o processo de implantação do ambulatório junto ao Ministério da Saúde (MS).

“O município tem um orgulho muito grande de poder avançar nesse atendimento e estamos muito satisfeitos pela iniciativa Empresa Brasileira de Serviços Hospitalar, por meio do Hospital Barros Barreto, possibilitar o atendimento e acolhimento à essa população. Com isso a Sesma cumpre o papel de ser inclusiva às necessidades de todos”, ressalta o secretário. 

Renata Taylor, de 55 anos, é coordenadora do Grupo de Travestis e Transexuais da Amazônia (GRITTA) e pondera que um dos pontos mais importantes é o acesso desses serviços por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O SUS é uma referência para o mundo. Então é de grande importância para a nossa população de travestis e transexuais ter esse ambulatório junto à Universidade Federal do Pará. Esse é um momento muito esperado, a expectativa é que funcione na prática”, reforça. 

Fotógrafo: Wagner Almeida – Diário do Pará

Para entender mais 

A criação do serviço segue a portaria nº 2.803 de 19 de novembro de 2013, que amplia o processo transexualizador no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto contará com uma equipe multiprofissional composta por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, psiquiatras, endocrinologistas, infectologistas, dermatologistas e fonoaudiólogos. Os pacientes serão encaminhados pela rede de saúde local.