Diego Monteiro
As feiras, eventos e exposições agropecuárias desempenham um papel importante no agronegócio, ao reunir produtores, empresários, pesquisadores e outros interessados para compartilhar conhecimentos, tecnologia e experiências.
Segundo Guilherme Minssen, diretor da Faepae consultor da revista Agropará, essas programações proporcionam um ambiente propício para a troca de informações sobre práticas inovadoras, novas tecnologias e estratégias de gestão que podem impulsionar a produtividade e a competitividade do setor. “São vitrines essenciais para os produtores, além de representarem um importante polo de compartilhamento de conhecimento”, destaca.
“Se pegarmos fotos dos eventos anteriores que foram realizados em nosso Estado, é possível perceber uma significativa evolução no setor. Atribuo isso às grandes vantagens desses espaços, onde cada produtor pode apresentar e destacar o que está dando certo em sua propriedade, servindo como referência para outros trabalhadores do campo aplicarem em suas atividades”, acrescenta Minssen.
wEm 2023, Guilherme Minssen revelou que eventos no Pará alcançaram faturamento de até R$ 30 milhões. “As feiras no Pará não apenas fortalecem a integração entre os diversos elos da cadeia produtiva, mas também atraem investimentos e fomentam a geração de negócios. São oportunidades únicas para estabelecer parcerias, ampliar redes de contatos e acessar novos mercados”, destaca.
Crescimento
Entre os municípios que se destacam como palcos dos maiores eventos e feiras de agronegócio no Pará estão: Santarém; Castanhal; Paragominas; Marabá; Xinguara; Redenção e Santana do Araguaia, . “Mas há outros que, ao longo dos anos, mostraram seus potenciais no ramo e hoje são regiões que despontam com certo protagonismo nesse cenário”, destaca Minssen.
Guilherme ressalta que neste ano, houve redução nos eventos agropecuários. Em épocas anteriores, havia muitas exposições de bovinos de argola e julgamentos de bovinos, eventos nos quais o Pará era referência. “No entanto, este formato, devido aos custos, tornou-se muito caro e já não é mais a realidade do modelo de eventos”.
Atualmente, o modelo adotado, em contraste com o anterior, cujo atrativo eram as premiações, como o título de melhor animal ou melhor produção, é o Parque de Agronegócio. Neste modelo atual, trabalha-se com a vitrine, onde, segundo Minssen, vale a pena expor a produção verticalizada, mostrar tecnologia e gerar negócios, modelo promovido pela iniciativa privada.
Outra demanda mostra que, para este ano, a proposta central é promover de forma planejada e sistemática ações integradas visando realizar a rastreabilidade das ações e dos produtos gerados dentro do Pará, para o desenvolvimento de ações diretamente ligadas ao produtor e que incorporem a rastreabilidade como elemento de agregação de valor para os que produzem os mais variados produtos. “É um ano de muitos desafios, mas com uma expectativa muito boa. Prevemos, em média, uma receita entre R$ 400 mil e R$ 30 milhões por evento. Além disso, é uma oportunidade para quem busca apoio de agências financiadoras, não apenas de bancos, uma oportunidade aos produtores, que não têm tanto poder aquisitivo, de comprar seus maquinários e investir em tecnologia”, concluiu Guilherme.