Pela primeira vez na história do Theatro da Paz, o balé “O Quebra-Nozes” será apresentado em seu palco com música ao vivo, executada pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP). O espetáculo acontecerá nos dias 13 e 14 de dezembro, às 20h. A iniciativa é do governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (SECULT), do Theatro da Paz e da Academia Paraense de Música (APM) com a poio da Academia de Dança Ana Unger e Colegiado de Dança do Pará e patrocínio do Banco do Estado do Pará (Banpará).
“O Quebra-Nozes” é um balé clássico que combina música, dança e narrativa para contar a história de Clara, uma jovem que embarca em uma jornada mágica durante a noite de Natal. Composta por Pyotr Ilyich Tchaikovsky no final do século XIX, sendo complementada em 1892 e coreografada originalmente por Marius Petipa é baseada no conto de fadas “O Quebra-Nozes e o Rei dos Camundongos” de E.T.A. Hoffmann.
De acordo com o maestro Miguel Campos Neto, titular da OSTP, Tchaikovsky foi um compositor prolífico que compôs em todos os estilos e fez sucesso em muitos deles. “O ‘Lago dos Cisnes’ e ‘Quebra-Nozes’ são apenas alguns dos balés que ficaram muito conhecidos. No caso do ‘Quebra-Nozes’ é muito conhecido e tocado pelo mundo todo em todo Natal. Só que existe uma outra camada da fama dessa obra que é quando as orquestras tocam as suítes do balé ou seja, os principais trechos da obra”.
O maestro Miguel Campos Neto acrescentou: “a sonoridade é muito ‘linkada’ ao Natal e eventualmente aqueles que não conhecem muito de música erudita vão imediatamente lembrar de propagandas de Natal, ou do filme ‘Esqueceram de Mim’. Tenho certeza de que essa música vai conquistar o público pela familiaridade, além da música que é maravilhosa”.
“Uma boa orquestra é aquela que faz música ao vivo, uma espécie de música de câmara em grande escala, onde o maestro é mais um dos músicos. Falo isso, porque na ópera e no balé, o músico não pode somente baixar a cabeça na partitura e ignorar os colegas e o maestro e tudo que está acontecendo. Estamos ao vivo, vivendo tudo que está acontecendo. E nesses dois estilos o maestro faz um papel muito importante de ligar tudo que está acontecendo no palco ao fosso. Algumas vezes eu percebo que o bailarino está em apuros com um movimento lento demais e preciso ir um pouco mais rápido e a orquestra conectada comigo vai mais rápido também. Isso traz um nível de amadurecimento para a orquestra e no relacionamento entre o maestro e a orquestra que vai ser depois levado para outras obras e estilos”, finalizou o maestro Miguel Campos Neto.
O balé se desenrola em dois atos, cada um repleto de performances de tirar o fôlego. A música de Tchaikovsky, com suas melodias memoráveis e ricas harmonias, complementa perfeitamente a coreografia e a história, criando uma experiência imersiva para o público.
Um pouco da história
A trama segue a jornada de Clara, que recebe um quebra-nozes como presente de Natal. Durante a noite, ela é transportada para um mundo de fantasia, onde o quebra-nozes ganha vida e enfrenta o Rei dos Camundongos. A história se desenrola em um reino encantado, com personagens como a Fada Açucarada, o Príncipe e diversos dançarinos que representam diferentes países em uma série de danças temáticas.
“O Quebra-Nozes” é conhecido por sua mistura de elementos clássicos e fantásticos, apresentando uma variedade de estilos de dança, desde o elegante ballet de repertório até danças folclóricas. A coreografia é rica em movimentos, saltos virtuosos e sequências sincronizadas, destacando a habilidade técnica e expressiva dos bailarinos.