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Valdeir 'The Flash', Finazzi, Felipe: confira as estrelas do Parazão 2024

Finazzi jogou em grandes times e hoje treina o Tapajós
Finazzi jogou em grandes times e hoje treina o Tapajós

Nildo Lima

Se o Parazão 2023 foi marcado pela “invasão” de jogadores estrangeiros, o campeonato do ano que vem terá, dentro e fora das quatro linhas, estrelas que brilharam intensamente em clubes de ponta do cenário nacional. Profissionais que defenderão equipes de porte médio do futebol local. A constelação, porém, pode aumentar, depois que Clube do Remo e Paysandu anunciarem os nomes dos atletas contratados para a próxima temporada e até mesmo em razão de algumas possíveis investidas por parte dos demais envolvidos na disputa.

 

Por enquanto, quatro nomes que fizeram história na elite do futebol brasileiro em tempos idos estão garantidos. O goleiro Felipe, os treinadores Uidemar Oliveira e Alexandre Finazzi e seu auxiliar, Valdeir, que ficou conhecido no futebol como The Flash. O Parazão poderá ter ao menos outros dois profissionais bem conhecidos nacionalmente: o ex-lateral-esquerdo, hoje técnico, Athirson Mazzoli, e o lateral Pará, ainda em atividade. Os dois são pretendidos pelo Santa Rosa, que apostou na vinda do goleiro Felipe, outro ex-Flamengo-RJ, para a disputa da B1 do Estadual, a chamada Segundinha, na qual o time assegurou sua volta ao Parazão.

Felipe, de 39 anos, pode-se dizer, foi a principal atração da Segundinha. O arqueiro, que, provavelmente, teve o maior salário entre os jogadores que disputaram a B1, correspondeu ao investimento, com boas apresentações, fazendo o torcedor recordar das passagens dele pelo Corinthians-SP, onde jogou de 2007 a 2010, com um retrospecto de 189 jogos, e Flamengo-RJ, pelo qual atuou também por quatro temporadas – 2011 a 2014, disputando 183 jogos.

Felipe é um dos destaques do Santa Rosa. Foto: @f.elson_silva

Confira um pouco da história dos ex-jogadores que um dia brilharam em grandes clubes brasileiros e até mesmo do exterior e que, de repente, podem se transformar em diferenciais no Estadual, tanto jogando como dirigindo suas equipes.

Alexandre Silveira Finazzi (técnico do Tapajós), nascido em São Paulo, capital, 50 anos, começou a carreira de atleta no Guarani-SP, passou por outros 18 clubes até chegar ao Corinthians-SP, em 2007, ficando no Timão até 2008. Fez 38 jogos, marcando 16 gols. Em 2011 fez apenas uma partida pelo Clube do Remo. No exterior defendeu o Omiya Ardija, do Japão, e o Sochaux, da França. Após pendurar as chuteiras virou treinador, começando no Goiânia-GO, onde também jogou por quatro temporadas.

Valdeir Celso Moreira (auxiliar-técnico do Tapajós), nascido em Goiânia, 55 anos, iniciou a carreira como jogador no Goiânia-GO, mas destacou-se no Botafogo-RJ em 1990, quando foi campeão carioca. Pelo alvinegro, o jogador chegou à seleção brasileira, que veio a defender em 18 jogos. Deixou o time carioca em 1992, se transferindo para o Bordeaux, da França, onde atuou ao lado Zinédine Zidane e Bixente Lizarazu, craques da seleção francesa campeã do Mundial de 1998. Passou pelo São Paulo-SP, Flamengo-RJ, Fluminense-RJ, Atlético-MG, entre outros clubes, encerrando a carreira no Brasiliense, em 2003.

Uidemar Pessoa de Oliveira (técnico do Cametá), nascido em Damolândia, Goiás, 58 anos, fez nome como jogador atuando, principalmente pelo Goiás-GO, por cinco temporadas (1986 a 1989 e 1995) e Flamengo-RJ, onde jogou de 1989 a 1993. O ex-volante defendeu o rubro-negro em 163 jogos, atuando ao lado de como Júnior, Renato Gaúcho, Zinho e outras feras. Sagrou-se campeão da Copa do Brasil (1990) e do Brasileirão (1992) vestindo a camisa do time carioca. Pela Seleção Brasileira fez dois jogos. Em 1999 teve uma breve passagem pelo Paysandu. Começou como treinador no Penarol-AM, em 2011.

Uidemar Pessoa de Oliveira (técnico do Cametá), nascido em Damolândia, Goiás, 58 anos, fez nome como jogador atuando, principalmente pelo Goiás-GO, por cinco temporadas (1986 a 1989 e 1995) e Flamengo-RJ, onde jogou de 1989 a 1993.

Athirson Mazzoli e Oliveira, (técnico cogitado pelo Santa Rosa), 46 anos, nasceu na capital do Rio de Janeiro. Foi revelado na base do Flamengo-RJ, chegando ao profissional em 1996. Jogou por oito temporadas no rubro-negro carioca. Passou também pelo Cruzeiro-MG, Botafogo-RJ, Bayer Leverkusen (Alemanha) e Juventus (Itália), afora outros clubes. Como treinador iniciou no Flamengo-PI, em 2015. Seu último clube na função foi o Blumenal-SC, no ano passado.

 

Marcos Rogério Ricci Lopes, o Pará (pretendido pelo Santa Rosa), como o apelido revela, é paraense, nascido em São João do Araguaia, sul do Estado. Começou jogando no Santo André-SP, mas se destacou defendendo o Santos-SP (2008 a 2012 e 2019 a 2021), Grêmio-RJ (2012 a 2014) e Flamengo-RJ (2015 a 2019). Foi campeão da Copa do Brasil em 2010 e do Brasileirão em 2019, defendendo o Santos e o Flamengo, respectivamente. Nas mesmas equipes conquistou a Libertadores de  2011 e 2019 ). Foi tricampeão paulista pelo Santos (2010/2011/2012) e duas vezes carioca (2017 e 2019) pelo Flamengo. Seu último clube foi a Portuguesa-SP, este ano.