Ana Laura Costa
Dentro da bolsa, na mochila ou em mãos, a sombrinha é o acessório que não pode faltar no cotidiano de boa parte dos paraenses, faça chuva ou faça sol. Apesar disso, ambulantes do centro comercial de Belém afirmam que as vendas, até o momento, ainda não aqueceram e palpitam sobre possíveis motivos.
O primeiro e mais destacado deles é que o período de chuvas, que costuma ser entre novembro e março na região amazônica, ainda não deu as caras de fato. “Esse ano o movimento de vendas está mais fraco se comparado ao ano passado. A gente chegava a vender três, quatro caixas rapidinho”, explica o ambulante Alan Martins, de 24 anos, que faz da calçada, na esquina da rua Conselheiro João Alfredo com a avenida Presidente Vargas, uma vitrine para expor as variedades de sombrinhas que comercializa.
E tem para todos os gostos e bolsos. As sombrinhas menores e básicas custam por volta de R$ 15,00, já as do modelo ‘dupla face’, com duas camadas de tecidos que funcionam como uma proteção extra contra os raios solares, são vendidas por R$ 30,00, além dos guarda-chuvas, pelo preço de R$ 40,00.
A expectativa agora é que, com os indícios de dias chuvosos neste final de novembro, as vendas comecem a fluir já que, de acordo com o vendedor, do sol até dá para escapar, mas da chuva não. “Na época chuvosa pode até melhorar, porque da chuva não tem como escapar, aí as pessoas se veem obrigadas a comprar, né?”, destaca.
Miguel Vinagre, de 67 anos, comunga do mesmo pensamento. Ele conta que no período chuvoso sai uma atrás da outra, mas, no momento, aguarda mais de duas horas para vender uma unidade. “Talvez agora, com o décimo terceiro saindo, dê uma melhorada, quem sabe”, palpita o camelô.
Na banca, as variedades de modelos também refletem nos preços. A sombrinha mais barata sai no valor de R$ 15,00 e a mais cara por volta de R$ 25,00. Já os guarda-chuvas, que ainda não estão saindo muito, são vendidos por R$ 30,00. “A expectativa é esperar a chuva vir para ver se as vendas melhoram um pouco mais, porque nesses casos ou o cliente compra ou vai na chuva, e ninguém quer se molhar, né?”, frisa.
Na rua Senador Manoel Barata, ainda no centro comercial da capital, o movimento não era muito diferente na banca do vendedor Juvenal Moraes, de 57 anos. Lá, as sombrinhas “abre e fecha” de forma automática, custam na faixa de R$ 30,00 a R$ 50,00. Segundo ele, o estoque está pronto para o momento em que as vendas alavancarem.
“Nesse verão, nesse sol, as vendas baixaram, mas quando começar a chover, certeza que vai aumentar, pessoal só quer na chuva. A gente vai investindo para começar a vender no momento certo”, afirma.