Assassinos em série ou “serial killers”, por definição, são criminosos que cometem múltiplas execuções em sequência e, geralmente, as fazem com frieza e requintes de crueldade.
Na última segunda-feira (22), Sebastião Pereira da Costa, o “Monstro do Poço”, sentou no banco dos réus e foi condenado a 28 anos de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver contra a vítima Ana Paula Cota, uma das três mulheres que foram enterradas em um poço no terreno do acusado, em Salinópolis, no nordeste do Pará.
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Porém, este não foi o único caso de assassinatos em série na história recente do Estado. Crimes cometidos pelo “Monstro da Ceasa”, pelo “Maníaco de Marituba”, e no caso das vítimas conhecidas como “Emasculados de Altamira” são alguns exemplos de ações brutais de serial killers em território paraense.
“MONSTRO DA CEASA”
Entre dezembro de 2006 e março de 2007, três crianças foram encontradas mortas nas matas que margeiam a Estrada da Ceasa, no bairro do Curió-Utinga, em Belém. Os crimes, com requintes de crueldade, ganharam destaque na cidade e estiveram envolvidos em muitos mistérios, em especial, sobre quem teria cometido as atrocidades.
José Raimundo Oliveira, Adriano Augusto Nogueira Martins e Ruan Valente perderam a vida pelas mãos de André Barbosa, que ficou conhecido como o “Monstro da Ceasa”.
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Tamanha era a frieza do serial killer, que o mesmo chegou a ajudar nas buscas pelas crianças e consolar as famílias das vitimas enquanto as investigações ocorriam.
só depois de quase um ano de intensa montagem do complexo quebra-cabeças o qual se tornou o caso, os agentes de segurança conseguiram associar os fatos, assimilar as pistas e concluir que André era o assassino das três crianças.
Ele foi preso e condenado em 2008 a 104 anos de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação e vilipêndio de cadáver, além de atentado violento ao pudor.
“MANÍACO DE MARITUBA”
No início de 2020, duas mulheres morreram após serem contratadas a prestar serviços de manicure por um adolescente de 17 anos no município de Marituba, na região metropolitana de Belém. O jovem ficou conhecido posteriormente como o “Maníaco de Marituba”.
Na ocasião, o adolescente e um comparsa, identificado como Jederson Menezes Alves, de 20 anos, criaram um perfil falso de uma pessoa do gênero feminino para assaltar mulheres que ofertavam serviços de beleza pelas redes sociais, com a falsa promessa de contratação do trabalho delas.
No dia 10 de janeiro daquele ano, Samara Duarte Mescouto foi enganada pela dupla ao marcar um ponto de encontro e ser conduzida pelo adolescente até a casa de Jederson, onde foi roubada e asfixiada até a morte pelos assassinos. O corpo da vítima foi encontrado em um terreno próximo à residência.
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No mesmo dia do assassinato, eles atraíram mais uma mulher com a promessa de contratação de seus serviços. Jennyfer Karen da Silva Martins compareceu ao local marcado pelos assassinos na companhia de sua irmã, Jéssica Cristina da Silva Martins. Ao encontrar o “Maníaco de Marituba”, ele informou à jovem que só poderia levar uma das irmãs de cada vez em sua bicicleta
Jennyfer, então, foi conduzida até uma área de mata, onde foi assaltada e asfixiada. Em seguida, o adolescente retornou para buscar Jéssica, que também foi levada para a área de mata, teve os pertences roubados e foi violentada sexualmente. Mesmo assim, ela conseguiu se desvencilhar do serial killer e fugiu. Jennyfer ainda chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital dias depois.
Jederson Menezes Alves foi detido e condenado a 30 anos de prisão pelos crimes de corrupção de menor, roubo, latrocínio e ocultação de cadáver de Samara Duarte Mescouto. O adolescente foi julgado e sentenciado com medida de internação pela vara competente de ato infracionais e medidas socioeducativas. O processo ocorreu em sigilo.
“EMASCULADOS DE ALTAMIRA”
Entre 1989 e 1993, ao menos 6 crianças e adolescentes de 8 a 14 anos de idade foram mortas em uma história macabra que ficou conhecida como “Caso dos Meninos Emasculados de Altamira”. As vítimas foram sequestradas, mutiladas e mortas, cuja principal característica dos crimes era a retirada dos órgãos genitais masculinos dos jovens.
As vítimas eram meninos de famílias em situação de vulnerabilidade social da cidade de Altamira, no Sudoeste do Pará. Os que foram encontrados, estavam despidos, castrados e com sinais de violência sexual. Alguns apresentavam queimaduras e tiveram os globos oculares arrancados.
Três meninos sobreviveram aos crimes brutais, apesar de terem sofrido a emasculação (retirada das genitálias). Outros cinco jovens permanecem desaparecidos até os dias atuais.
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A Justiça concluiu que os crimes foram cometidos durante rituais promovidos pela seita Lineamento Universal Superior, liderada por Valentina de Andrade, a qual, anos depois, foi absolvida das acusações. Outras pessoas chegaram a ser presas em um longo processo de investigação, que ganhou as manchetes de diversos veículos de imprensa de todo o Brasil.
No entanto, após o encerramento do caso, a polícia do Maranhão prendeu o mecânico Francisco das Chagas Rodrigues de Brito, que assumiu a autoria de 42 homicídios contra crianças, entre eles 12 em Altamira.