Eleições no Remo: Tonhão promete mudanças radicais no futebol

Tonhão tem uma vida de dedicação ao Remo, com trabalhos pontuais no clube desde a década de 1990

RICARDO AMANAJÁS
Tonhão tem uma vida de dedicação ao Remo, com trabalhos pontuais no clube desde a década de 1990 RICARDO AMANAJÁS

Tylon Maués

Grande Benemérito e dirigente que há anos trabalha no clube, tendo o nome muitas vezes especulado para ser presidente, Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, compôs por três vezes juntas governativas que administraram o Leão. Em 1996, chegou a integrar duas juntas, uma em cada semestre. Na virada de 1999 para 2000 ele fez parte da junta governativa ao lado de Paulo Mota, Clóvis Malcher Filho, Ubirajara Salgado e João Santos.

Candidato da situação, onde ocupa o cargo de vice-presidente, ainda assim Teixeira defende mudanças profundas no futebol do clube, mas começa pela manutenção de Ricardo Catalá como treinador, garantindo também já ter alguns reforços engatilhados para acertarem assim que tomar posse.

P A atual gestão teve ganhos de infraestrutura e administrativo. Mas no futebol está devendo demais. Como convencer o associado de que agora será diferente em campo?

R O associado e o torcedor podem esperar muito empenho, conquistas e modificação na estrutura do futebol. O nosso grande objetivo em 2024 é chegar à Série B. E espero que, até o final do meu mandato, possamos estar na Série A, onde já estive e sei o quanto é importante. Para isso tudo, vamos profissionalizar todo o departamento de futebol, trazer jogadores comprometidos com o projeto que será subir à Série B no primeiro momento. Vivo o Remo há anos, só de sócio tenho 60, amo esse clube. E, de mim, eles podem esperar minha dedicação total ao clube, em tempo integral, buscando os nossos objetivos.

P O que pode haver de mudanças no departamento de futebol para que os resultados sejam diferentes?

R O futebol tem que ser modificado radicalmente. Tivemos muitos avanços administrativos na atual gestão, mas dentro de campo não evoluímos o esperado. Vamos profissionalizar 100% o departamento de futebol. A atual gestão contratou a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que fez um diagnóstico do clube e montou um plano estratégico que nós vamos executar no clube como um todo. Paralelo a isso, vamos ter a assessoria de uma empresa especializada em gestão, que visa buscar novas parcerias, explorar mais nossa marca no campo esportivo, publicidade. Essa empresa trabalhou em grandes clubes do Nordeste. O nosso objetivo é ter profissionais especializados e remunerados dentro das suas funções do futebol, e também teremos a figura do CEO. O Remo, hoje, tem que encarar o futebol de uma forma profissional, toda a estrutura precisa ser profissionalizada.

P Já há um acerto prévio com o técnico Ricardo Catalá e com atletas?

R Com o Catalá já existe um acerto para a volta dele, caso a chapa seja eleita. Se formos eleitos, o Catalá já chega na semana seguinte a Belém para colocarmos em prática imediatamente o nosso planejamento para a temporada 2024. Com relação às contratações, vamos ser ousados com responsabilidade, o pensamento inicial é fazer um time bem forte para disputar o Campeonato Paraense de igual para igual com nossos rivais e retomar essa hegemonia no estado. E lá na frente, quando iniciar a Série C, vamos fazer algumas contratações pontuais.

P Como minimizar o tempo perdido para montagem do elenco com o processo eleitoral? Isso demandará um investimento maior para convencer jogadores a virem para o Baenão?

R Claro que isso é uma preocupação nossa. Mas acredito que fazendo o trabalho certo, com uma força-tarefa que pretendemos criar já no dia 13 de novembro, vamos junto com a comissão técnica, novo executivo e os analistas montar um plantel forte, que é nosso objetivo para disputar os títulos das competições que o Remo estará presente e, principalmente, subir para a Série B.

P Depois de três anos frustrantes, em 2024 a pressão no Remo tende a ser maior, também pelo acesso conquistado pelo maior rival?

R No Remo a pressão sempre existiu e vai existir. Somos um clube imenso, com torcida grande e exigente. E temos consciência que o lugar do Remo não é na Série C e nem na B, o Remo é clube para estar na A. Com esses anos que tenho dentro da instituição, sei o que significa o Remo e esse é um dos motivos porque estou candidato, para colocar o clube onde merece.

P Há algum projeto de um investimento em análise de desempenho e análise de mercado?

R Vamos reestruturar o Núcleo de Inteligência. Já temos um profissional, deve vir outro com o Catalá, e esses dois vão atuar na análise de desempenho. Vamos contratar também um profissional local para desenvolver o trabalho de análise de mercado de maneira geral juntamente com um profissional de fora, para que possamos minimizar a margem de erro em contratações, ou seja, serão quatro analistas no total, dois de desempenho e dois de mercado. Esse trabalho todo de análise será em conjunto com o nosso treinador também.

P Por fim, suas considerações finais e porque os associados devem votar em você?

R O nosso plano para o Clube do Remo é o que ele merece. Queremos profissionalizar o Remo, queremos o Remo mais forte e no lugar que ele merece. Que no dia 12 de novembro o associado analise a trajetória e o histórico de cada candidato dentro da instituição. Amo o Remo, vivo o clube e o meu histórico como vice-presidente, diretor, grande benemérito mostra isso.