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Nação Zumbi faz show de graça no Hangar neste sábado

A banda chega a Belém no clima das comemorações dos seus 30 anos de história e do Movimento Manguebeat
A banda chega a Belém no clima das comemorações dos seus 30 anos de história e do Movimento Manguebeat

Da Redação*

Considerada umas das bandas mais importantes e revolucionárias da música brasileira, a Nação Zumbi marcou uma geração de jovens com sua sonoridade única e marcante. Nome seminal do Manguebeat, a banda estará de volta a Belém este fim de semana depois de uma longa ausência – o último show na cidade foi antes da pandemia, em 2019. E o melhor, desta vez chega em um show gratuito.

A banda faz a apresentação de encerramento do Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), neste sábado, 11, às 19h, no Hangar – Centro de Convenções, e traz um convidado especial: Cannibal, baixista e vocalista da Devotos, uma das bandas mais influentes do punk nacional.

No repertório, estarão os maiores sucessos da carreira e versões de músicas importantes na história da banda, formada por Jorge Du Peixe (vocal), Dengue (baixo) e Toca Ogan (percussão), além dos músicos convidados Marcos Matias e Da Lua (alfaias), Tom Rocha (bateria) e Neilton Carvalho (guitarra).

“Estamos num momento de repertório bem amarrado. A gente coloca músicas de todos os discos praticamente. Pode ser que não tenha uma ou outra, mas vão estar clássicos como ‘Da lama ao caos’, ‘Defeito perfeito’, ‘Um sonho’ e ‘Manguetown’, músicas que passam pela nossa timeline, pelo nosso corredor sonoro”, avisa o vocalista Jorge Du Peixe.

A banda chega a Belém no clima das comemorações dos seus 30 anos de história e do Movimento Manguebeat, que ao lado da Bossa Nova e do Tropicalismo, é reconhecido como um dos mais importantes na contribuição da modernização da música brasileira.

Também próximo ao aniversário de lançamento do primeiro disco da banda, ainda como Chico Science & Nação Zumbi, o “Da Lama ao Caos”, de 1994. O trabalho foi eleito recentemente como o melhor disco já feito no Brasil nos últimos 40 anos, em uma enquete feita pelo jornal “O Globo” com 25 especialistas de todo os país.

Para Du Peixe, a indicação é um “reconhecimento de um disco que estava à frente do seu tempo e muito atual ainda”. Ele confirma que os 30 anos do lançamento, em 2024, devem ganhar alguma ação especial da banda. “Estamos formatando isso ainda e a gente espera passar com essa intenção em várias capitais do país.”

Sobre o retorno a Belém, o músico se diz empolgado. “Belém é uma cidade quente como sempre, com público quente, e a gente espera a mesma celebração nesse retorno agora”, avisa Du Peixe, reforçando que a banda continua na ativa e que as mudanças na formação são naturais no processo.

“A pausa que a gente deu, foi a que todo mundo deu, a da pandemia. Mas a gente estava na ativa. Tem formação nova de fato, alguns membros vão saindo, é uma coisa muito corriqueira nesse cenário musical. E a gente está preparando um disco para o ano que vem, muito no começo ainda. Mas a gente já vê uma boa perspectiva. Até o Carnaval, espero lançar um single para gente começar essa correria de novo”, adianta.

Jorge Du Peixe ainda exalta a parceria no palco com Cannibal. “É um cara importante, que com a banda Devotos, transformou o lugar que ele mora, chamado Alto Zé do Pinho, que era perigoso, num ponto cultural. É parceiro nosso de longa data, alguém que teve muito a ver com essa história da Nação Zumbi”.

Antes da banda recifense tem apresentação do projeto Vale Música Belém, seguido de La Bomba de Tiempo junto a Mestre Curica, Mestre Solano e Luê. Durante os intervalos, tem o DJ Will Love.

*Com reportagem de Aline Rodrigues