A Polícia Civil do Pará, através Delegacia de Homicídios de Marabá e Delegacia de São João do Araguaia, recebeu apoio da Polícia Civil do Maranhão, através do Grupo de Pronto Emprego (GPE) de Imperatriz e da 10ª DRPC, que efetuou a prisão de um homem pelo crime de homicídio. O indiciado foi localizado no bairro Parque Alvorada I, no município de Imperatriz (MA).
Ele chegou a ser preso no dia 18 de outubro, após diligências de equipes da PCPA no município de Novo Repartimento, mas foi solto por determinação judicial. Porém, a decisão foi revogada e outro mandado de prisão foi emitido em desfavor do homem que já está à disposição do Poder Judiciário.
Relembre o caso
Em junho de 1985, oito trabalhadores rurais foram assassinados na Fazenda Ubá por um grupo de pistoleiros. Segundo as investigações, o mandante do crime seria o próprio dono da propriedade que acusava as vítimas de invadirem a fazenda, que possuía mais de 43 mil metros quadrados de área.
Três homens, um adolescente e uma mulher grávida de seis meses foram assassinados pelos pistoleiros no dia 13 daquele mês. Cinco dias depois, o bando voltou ao local e matou mais três homens, sendo que um deles era o líder comunitário do lugar.
Foram necessárias mais de duas décadas para o julgamento do caso e o processo só foi retomado após a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e o Centro pela Justiça e pelo Direito Internacional (CEJIL) submeteram o caso à apreciação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Depois desse episódio, foi firmado um acordo que obrigava o Estado Brasileiro a não só reconhecer a responsabilidade internacional pela violação dos direitos humanos, bem como realizar uma cerimônia pública para pedir desculpas de maneira formal aos familiares das vítimas do crime que ficou nacionalmente conhecido como “chacina da Fazenda Ubá”.