Nildo Lima
Ficou para a próxima quinta-feira, dia 16, o julgamento dos incidentes registrados no jogo entre Volta Redonda-RJ e Paysandu, pela 6ª rodada da 2ª fase da Série C do Brasileiro, no estádio Raulino de Oliveira, no Rio de Janeiro. O caso estava na pauta da sessão de ontem da 4ª Comissão Disciplinar, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), mas acabou sendo adiado. A transferência da data teria ocorrido em razão da falta de documentação por parte do clube carioca. O Papão seria defendido no julgamento pelo advogado Felipe Jacob, do Departamento Jurídico do próprio clube.
Volta Redonda e Paysandu foram denunciados ao STJD pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio por conta de uma briga generalizada envolvendo os torcedores dos clubes na partida do dia 7 de outubro. O tumulto começou após a equipe da casa ter um gol anulado pelo apitador de Goiás, aos 17 minutos do 2º tempo. A partida chegou a ficar paralisada por alguns minutos para que o policiamento pudesse conter a ação dos brigões, nas arquibancadas do estádio da cidade de Volta Redonda.
Em seu relatório, Wilton Pereira Sampaio acabou “carregando” contra os dois clubes. Desta maneira, o Papão e Voltaço foram denunciados no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que se refere à desordem em praças esportivas. O Paysandu também será julgado em função de alguns de seus torcedores terem arremessado objetos para dentro do gramado. E não é só. A equipe paraense é acusada de causar o atraso no início do jogo. Para completar, o meia bicolor Robinho também será julgado na próxima semana por ter sido expulso de campo.
A exclusão do jogador do Papão acabou gerando uma série de críticas à atuação de Wilton Pereira Sampaio. Aos 12 minutos do 2º tempo, o apitador sinalizou a expulsão de Robinho. O jogador já havia ultrapassado a linha lateral do campo, mas a expulsão aconteceu por “retardar excessivamente sua saída de campo”. A situação levou o clube carioca a ameaçar de recorrer ao STJD pedindo a anulação da partida. Mas, o Voltaço ficou apenas na ameaça, com o jogo sendo validado e o Paysandu, mesmo perdendo, por 1 a 0, garantindo seu acesso à Série B do Brasileiro de 2024.
Caso venha a ser punido no julgamento da semana que vem, o Paysandu pagará multa que pode chegar a R$100 mil, além de correr o risco de perda de mando de campo na Série B ou ter de jogar, em casa, com a presença de público restrito a mulheres, adolescentes e menores, situações que ocorreram este durante a Série C deste ano.