Carol Menezes
Criado pelo parlamento europeu com objetivo de promover e ampliar o combate ao racismo e a xenofobia, o Dia Internacional de Combate ao Fascismo e ao Antissemitismo é celebrado hoje, 9 de novembro, data que rememora ao ano de 1938, quando ocorreu na Alemanha a trágica “Noite dos Cristais”, momento em que os nazistas passaram da incitação às ações, do discurso às agressões físicas.
A causa ganha ainda mais importância no atual cenário de conflito entre Israel e o Hamas, quando têm sido desenhadas, um pouco por toda a Europa, nos prédios e monumentos públicos, cruzes suásticas – adotadas como símbolos do nazismo – e, ao mesmo tempo, têm sido escritas frases como “aqui há judeus”.
“Palavras têm força, e se não forem detidos, os discursos de ódio, em seu nascedouro, acabam por desembocar em episódios que envergonham a espécie humana. Por isso, é hoje responsabilidade de todo o mundo civilizado rejeitar e combater o fascismo e o antissemitismo, desde sua origem. Não pode haver espaço ou tolerância, entre nós, para preconceito e ódio”, afirma o presidente do Centro Israelita do Pará, Isaac Ramiro Bentes.
Para ele, a questão se mostra ainda mais imperiosa quando se constata o aumento vertiginoso dos episódios de antissemitismo no Brasil e no mundo. Ao mesmo tempo, reconhece que a comunidade israelita, que aqui vive há mais de 200 anos, sempre em convivência pacífica, vem recebendo total apoio em questões de segurança por parte da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), da Polícia Militar e do governo do estado.
Mesmo assim, por questões das limitações do momento, o Centro Israelita de Belém fará apenas atividades internas para celebrar a data, sobretudo educacionais e culturais com jovens e crianças. “Não ao fascismo e ao antissemitismo deve ser a mensagem clara e inequívoca de todos os que prezam a vida e os direitos humanos, neste dia 9/11 e em todos os outros”, reforça Bentes.