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'Gaza se tornou cemitério de milhares de crianças', diz Unicef

Comitê de especialistas da organização disseram que há relatos plausíveis de execução, tortura e violência sexual contra mulheres e meninas palestinas
Comitê de especialistas da organização disseram que há relatos plausíveis de execução, tortura e violência sexual contra mulheres e meninas palestinas

MAYARA PAIXÃO

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em mais um apelo por um cessar-fogo imediato na guerra Israel-Hamas, o Unicef, Fundo das Nações Unidas para a Infância, voltou a lembrar os impactos do conflito para as crianças.

“Gaza se tornou um cemitério de milhares de crianças e um inferno para todos”, disse nesta terça (31) o porta-voz James Elder.

Números do Ministério da Saúde de Gaza, região controlada pelo Hamas, apontam que mais de 8.500 palestinos morreram desde o início deste conflito. Do total, ao menos 3.500 seriam crianças.

“Nossos temores sobre o número de crianças mortas alcançar dezenas, depois centenas e, finalmente, milhares, foram concretizados em apenas duas semanas”, seguiu Elder.

Ele pediu atenção a outras duas implicações para a infância neste conflito: a falta de disponibilidade de água potável e os traumas psicológicos.

“A morte de crianças, especialmente de bebês, devido a desidratação, é uma ameaça crescente”, disse o porta-voz, que lembrou que a capacidade de produção de água potável em Gaza neste momento corresponde a apenas 5% do volume pré-guerra.

“Depois, há o trauma”, seguiu. “Quando os combates cessarem, o custo para as crianças e as suas comunidades vai durar por muitas gerações.”