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Escândalo de aposta: paraense Vitor Mendes rescinde com Fluminense e Atlético-MG

O zagueiro paraense Vítor Mendes, de 24 anos, rescindiu os contratos que tinha com o Fluminense e Atlético Mineiro. Foto: Mailson Santana / Fluminense FC
O zagueiro paraense Vítor Mendes, de 24 anos, rescindiu os contratos que tinha com o Fluminense e Atlético Mineiro. Foto: Mailson Santana / Fluminense FC

O zagueiro paraense Vítor Mendes, de 24 anos, rescindiu os contratos que tinha com o Fluminense e Atlético Mineiro. O jogador estava afastado pelo Fluminense-RJ por ter sido citado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Penalidade Máxima II, que investigou o envolvimento de mais de 20 atletas em um esquema de manipulação de apostas na Série A do Campeonato Brasileiro.

Segundo a investigação, o jogador que tem vínculo federativo com o Atlético-MG foi aliciado enquanto estava emprestado ao Juventude-RS, em 2022. Ele teria recebido R$ 35 mil para levar um cartão amarelo no empate por 1 a 1 com o Fortaleza, no Alfredo Jaconi, em 18 de setembro daquele ano, pela 27ª rodada do Brasileirão.

Em setembro, Vitor Mendes, que já havia sido punido, teve a punição ampliada. O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) aumentou a suspensão do jogador para 720 dias e a multa para R$ 70 mil.

QUEM É ELE
Natural de Belém, Vítor Mendes chegou a treinar por três anos nas categoria de base do Paysandu, mas deixou o clube antes de ser promovido para o elenco sub-17, transferindo-se para a Inter de Limeira-SP. Ainda como atleta amador, o defensor ainda passou por Santos-SP e pelo Atlético-MG, onde finalmente assinou seu primeiro contrato como profissional.

Sem conseguir se firmar no elenco principal do Galo, o jogador vinha sendo emprestado para várias outras equipes como forma de ganhar rodagem. Além do Juventude e do Fluminense, onde estava desde o início da temporada, ele já havia passado por Boa Esporte-MG, Figueirense-SC e Guarani-SP.

CONVERSAS NO WHATSAPP
O nome de Vítor Mendes consta nos documentos do MPGO. Uma série de capturas de tela anexadas à denúncia indicam o envolvimento dele no caso, como uma conversa de WhatsApp em que o próprio atleta cobra o pagamento.

Outro documento que integra a investigação é um PIX no valor de R$ 5 mil que o zagueiro recebeu da BC Sports Management, empresa cujo sócio é Bruno Lopez de Moura – preso preventivamente por envolvimento no esquema de apostas. O empresário é apontado como o chefe do esquema de apostas fraudulentas.