Diante das ondas de calor recordes e temperaturas médias atingindo 40 graus Celsius em várias regiões, a prática do trabalho remoto não só surge como resposta aos desafios impostos pela pandemia, mas também como um instrumento potencial no âmbito das práticas ESG (sigla em inglês, em português ASG – ambiental, social, governança) para combater os efeitos adversos do aquecimento urbano e global.
No contexto ESG, práticas sustentáveis vão além de uma simples resposta a fenômenos climáticos: representam uma abordagem integrada de governança corporativa, impacto socioambiental e responsabilidade ética. Segundo dados do Global ESG Benchmark Report de 2022, empresas que adotam práticas ESG têm 20% menos emissões de carbono em comparação com aquelas que não o fazem.
“A atual crise climática, potencializada por fatores tanto naturais quanto humanos, encontra nas áreas urbanas um de seus maiores desafios. Estudos mostram que as cidades chegam a ter 10 graus Celsius a mais do que zonas rurais e isso contribui com as altas temperaturas mundiais. Aqui no Brasil já estamos nos preparando para mensurar esse impacto”, afirma Fernanda Mourão, CEO da Spacein – tecnologia para gestão de espaços e sócia da consultoria work in lab.
O caso de Singapura em 2022, traz um alerta global ao enfrentar a temperatura mais alta de sua história, com 37 graus Celsius, a cidade adotou medidas inovadoras de “esfriamento”. No Brasil, a transição para modelos de trabalho flexíveis, como o modelo de trabalho remoto e híbrido mostram-se alternativas viáveis para contribuir com o meio ambiente.
“Menos deslocamentos significam menos tráfego e, por consequência, uma menor emissão de gases poluentes. O trabalho remoto também promove um urbanismo mais sustentável, incentivando a ocupação de áreas verdes e reduzindo a concentração em centros urbanos superaquecidos, espalhando as pessoas pela cidade e por consequência minimiza os gases estufas causados por deslocamentos motores”, explica a empresária.
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Com informações da TCB COM
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