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Paraense poderá ver o eclipse lunar parcial neste sábado (28)? Confira

Eclipse lunar parcial será visto em parte do Brasil neste sábado (28)
Eclipse lunar parcial será visto em parte do Brasil neste sábado (28)

CLAUDINEI QUEIROZ

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) No último dia 14, estados das regiões Norte e Nordeste do país tiveram a oportunidade de acompanhar o eclipse anular do Sol em sua totalidade. Neste sábado (28), haverá outro fenômeno natural, o eclipse lunar parcial, mas novamente apenas a região Nordeste terá uma melhor visão de parte da Lua sendo coberta pela sombra da Terra.

Isso ocorrerá nos primeiros minutos após as 17h, no nascer da Lua. E mesmo assim, com apenas 6% de cobertura máxima. Como o satélite estará próximo do horizonte nesse horário, a recomendação é ir a um ponto alto ou encontrar uma área desobstruída com visão livre para o leste para a melhor visualização do eclipse.

E assim como no último evento, os moradores da região Sudeste serão prejudicados pelo clima, que tem previsão de estar fechado e chuvoso. Em São Paulo, por exemplo, o melhor horário para a observação do eclipse penumbral será às 18h19.

Esse será o momento em que o eclipse atingirá sua maior magnitude enquanto toda a Lua está acima do horizonte em São Paulo. No entanto, o verdadeiro ponto máximo do eclipse não pode ser visto no estado porque a Lua estará abaixo do horizonte nesse momento.
Se o clima não ajudar ou você estiver numa faixa sem muita visibilidade do eclipse, o Observatório Nacional anunciou que fará uma transmissão ao vivo do evento.

Para que ocorra um eclipse lunar penumbral dois eventos celestes devem ocorrer ao mesmo tempo: a Lua deve estar na fase de Lua Cheia. E Sol, Terra e Lua devem estar quase alinhados, mas não tão alinhados como durante um eclipse parcial.

“Temos dois tipos de sombra: a penumbra e a umbra. A primeira é uma sombra clara que ainda recebe luminosidade do Sol. Quando a Lua está completamente mergulhada nessa sombra ocorre o eclipse penumbral e não se percebe diferença no brilho da Lua. Já a umbra é a sombra escura que não tem mais nenhuma luminosidade do Sol. Quando a Lua vai entrando nesta sombra temos o eclipse parcial. Quando está totalmente mergulhada na umbra ocorre o eclipse total da Lua”, explica a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional.

No caso do eclipse lunar deste sábado, os brasileiros não terão a visão do eclipse total, apenas nos estágios penumbral e parcial.

A região que terá a melhor visibilidade do fenômeno inclui os estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte, e parte dos estados de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Piauí. Nesses locais será possível observar o eclipse parcial no nascer da Lua, mas a cobertura máxima será de apenas 6%. Nas demais localidades, o eclipse será penumbral, já que a Lua terá passado pela fase parcial antes de surgir no horizonte.

Diferentemente do eclipse solar, que pode ser total, parcial ou anular (quando aparece o anel de fogo), o eclipse lunar possui sete estágios:
– Início do eclipse penumbral: começa quando a parte penumbral da sombra da Terra começa a se mover sobre a Lua. Essa fase não é facilmente vista a olho nu;
– Início do eclipse parcial: a umbra da Terra começa a cobrir a Lua, tornando o eclipse mais visível;
– Início do eclipse total: a umbra da Terra cobre completamente a Lua, que fica vermelha, marrom ou amarela;
– Eclipse máximo: é o meio do eclipse total;
– Fim do eclipse total: nesta fase, a umbra da Terra começa a se afastar da superfície da Lua;
– Fim do eclipse parcial: a umbra da Terra deixa completamente a superfície da Lua; e
– Fim do eclipse penumbral: o eclipse termina e a sombra da Terra se afasta completamente da Lua.
Observar um eclipse lunar total ou parcial não requer equipamento especial. Eles podem ser vistos com segurança a olho nu.

Em 2024, outros dois eclipses lunares serão visíveis no Brasil: um penumbral em 25 de março e um parcial entre 17 e 18 de setembro. Os brasileiros só voltarão a observar um eclipse lunar total, quando a Lua fica avermelhada, em 14 de março de 2025.