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Jaloo lança novo álbum "Mau"

Cantora estava há quatro anos sem lançar trabalhos solos FOTO: CAIA RAMALHO/DIVULGAÇÃO
Cantora estava há quatro anos sem lançar trabalhos solos FOTO: CAIA RAMALHO/DIVULGAÇÃO

Intenso, autoral e atual, “Mau”, novo álbum da cantora, compositora e produtora musical Jaloo, chega hoje, 25, a todas as plataformas digitais, pelo selo Elemess. O lançamento marca a volta de Jaloo após quatro anos sem trabalhos solo. Com referências que vão desde o phonk, um ritmo importado da Rússia, até hyperpop, ska e calypso, ao longo de dez faixas, com temas ousados e urgentes.

“Ele é bem ousado. Acredito que nos últimos dois discos tive uma preocupação em acessar lugares. Acho que dessa vez a preocupação é o contrário. Mais focada para dentro, pensando no que me diverte, me faz feliz, e a partir disso fui costurando esse disco que é muito mais franco nas suas palavras e toca em assuntos que talvez sejam considerados tabu. E por conta disso tem essa cara mais intensa e ousada”, falou Jaloo.

“Mau” encerra triologia autobiográfica

“Mau” encerra uma trilogia que teve início em 2015, com ‘#1’, e traz um tom biográfico ao explorar o lado mais feminino da artista, que se identifica com o gênero fluido. No disco, Jaloo canta, arranja, produz e compõe todas as faixas.

“Foi muito bom, acho que é o lugar onde mais me dou bem. Não minto, me diverti bastante com ‘ft.’, que foi um disco só sobre parcerias. Tive uma banda nos últimos anos, ‘Os amantes’ [com Arthur Kunz e Léo Chermont], e lá me diverti muito também. Então, acho que não tem tempo ruim para minha maneira de trabalhar. Sempre consigo construir elos nem que seja comigo mesma, caso desse disco”, disse a artista sobre participar de todos os processos do álbum.

Cem por cento autoral

“É um disco cem por cento feito por mim, tanto na produção quanto nos arranjos, qualquer instrumento que foi tocado, nos vocais, e por último as composições. Acho que daí já vem um pouco desse caráter ousado dele também. É um disco que não tem muito limite, não entende muito de barreiras, sai andando e não pede muita licença. Por isso, as pessoas vão ficar chocadas com algumas músicas, mas no sentido mais positivo possível. Ao mesmo tempo que elas vão pensar ‘que porra é essa?’, também vão pensar ‘nossa, que legal que fizeram isso!’”, acredita Jaloo.

Capa do álbum explora feminilidade de Jaloo em nova fase. FOTO: Ivan Erik/divulgação

Celebração do feminino

Após os discos “#1”, de 2015, que aborda o nascimento e a infância da artista e a retrata como pessoa andrógina; e “ft. (pt. 1)”, de 2019, que representa o amadurecimento e exalta a masculinidade de Jaloo, o novo álbum é uma grande celebração ao feminino e coloca no centro temas como o prazer e a liberdade.

“Uma coisa curiosa sobre esse terceiro trabalho, como pensei nesses três discos como uma trilogia, é que esse terceiro sampleia as músicas dos discos anteriores. Não vou dizer quais músicas e nem em que ponto. Vamos deixar esse desafio aí para os fãs, mas tem esse caráter também, e acho que o que mais liga eles é a emoção”, contou.

De forró eletrônico à pegada latina, disco é dançante

Extremamente dançante, o disco possui dez músicas, sendo oito inéditas e duas recém-lançadas como singles: “Mau”, que dá nome ao projeto e abre o disco, e “Quero te ver gozar”. Das inéditas, o álbum traz “Pode”, uma balada com sonoridade latina brasileira, cheia de amor e sexo; “Pra que amor”, forró eletrônico que, segundo Jaloo, é safada e triste; “Tudo passa”, que fala de um término de relacionamento; “Ah!”, que aborda o desejo sexual; “Phonk-me”, com letra em português, francês e inglês, e que pretende descrever o momento de um orgasmo.

O disco segue com “Profano”, que tem referências nos anos 1980 e traz um tom de balada de amor, e “Ocitocina”, que segundo a cantora é sobre amar ter ficado longe dos holofotes. “A verdade é que a cidade vai me matar” fecha o álbum.

“Acredito que tem muito um caráter de retorno. É o meu terceiro trabalho, e entre os discos, me dediquei a outros projetos. Por conta disso talvez esse disco tenha essa cara de retorno, de recomeço, e é legal também. É bom a gente morrer e nascer de vez em quando”, disse a artista.